Mercado S/A- Bolsonaro perde o apoio do empresariado
Banco Central do BrasilCorreio Braziliense/Nacional - Economia
terça-feira, 9 de março de 2021
Banco Central - Perfil 1 - Bolsa de ValoresClique aqui para abrir a imagemAutor: Amauri
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Bolsonaro perde o apoio do empresariado
As críticas ao governo Bolsonaro vêm ganhando
intensidade entre o empresariado. Além da ausência de
reformas, algo que incomoda praticamente todo o setor
produtivo, a falta de uma coordenação nacional em prol
da vacina acabou por minar a confiança na capacidade
do Planalto de gerenciar a crise do coronavírus. Está
mais do que evidente, diante do colapso provocado pelo
descontrole da pandemia, que o governo errou feio ao
não priorizar a imunização da população. A gradual
retomada das atividades econômicas nos Estados
Unidos e no Reino Unido, que aceleraram seus
programas de vacinação, escancarou ainda mais os
equívocos cometidos pelo presidente brasileiro. Poucas
nações têm expertise e estrutura suficientes para
imunizar em massa -- o Brasil certamente é um deles.
No entanto, isso não tem sido feito, e por uma simples
razão: o governo não comprou as vacinas a tempo,
preferindo esperar para ver. O resultado é trágico para o
país inteiro.
"A vacinação é a forma mais rápida para estabilizar os
sistemas de saúde, restaurar serviços essenciais e
estimular uma recuperação verdadeiramente global da
economia"Tedros Adhanom, diretor-geral da Organização Mundial
da SaúdeBolsa brasileira tem muito a avançarO início de 2021 tem sido marcado pelo recorde de
aberturas de capital na B3, a Bolsa de Valores de São
Paulo. Com os 15 IPOs (oferta inicial de ações, na sigla
em inglês) realizados nos dois primeiros meses do ano,
o número de empresas que negociam papéis no
mercado brasileiro chegou a 430. É um avanço, mas
ainda modesto perto do potencial brasileiro. Somadas,
as bolsas de Nova York e a eletrônica Nasdaq
contabilizam 6 mil companhias de quase todos os
setores e tamanhos.32%foi quanto cresceram as exportações de veículos em
fevereiro na comparação com janeiro, segundo números
da Anfavea, a associação dos fabricantes. Mesmo
assim, o resultado representa uma queda de 12,2% na
comparação com o mesmo mês de 2020.Gasolina sobe, mas Petrobras caiO descompasso entre o aumento do preço dos
combustíveis e o desempenho das ações da Petrobras
mostra que há algo errado com a credibilidade da
empresa. Ontem, a petrolífera anunciou que o preço do
litro da gasolina passará de R$ 2,60 para R$ 2,84, uma
alta de 9,2%. Já o litro do diesel subirá de R$ 2,71 para
R$ 2,86, ou 5,5% a mais. Desde o início do ano, a
gasolina acumula valorização de 54% nas refinarias,
enquanto o diesel avançou 41,6%. Já as ações da
Petrobras caíram cerca de 40% no ano.