Auxílio será, em média, de R$ 250
Banco Central do BrasilCorreio Braziliense/Nacional - Economia
terça-feira, 9 de março de 2021
Banco Central - Perfil 1 - Paulo GuedesClique aqui para abrir a imagemAutor: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press - 27/4/20
O ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou
ontem que os valores da nova rodada de auxílio
emergencial irão de R$ 175 a R$ 375, sendo, em média,
de R$ 250. Em entrevista no Palácio do Planalto, depois
que participou da reunião em que o governo federal
firmou a intenção de comprar as vacinas desenvolvidas
pela Pfizer, em parceria com a BioNTech, Guedes
salientou, porém, que a definição de valores ficará fica a
cargo do Ministério da Cidadania.
"R$ 250 é o valor médio. Se for uma família
monoparental, dirigida por mulher, é de R$ 375. Se for
um homem sozinho, é de R$ 175. Se for o casal, R$
- Isso é com o Ministério da Cidadania. Só
fornecemos parâmetros básicos, mas amplitude é com a
Cidadania", disse.
A PEC Emergencial, que autoriza a retomada do
pagamento do benefício durante o período da pandemia
do novo coronavírus, foi aprovada pelo Senado na
semana passada, e não determina os valores e nem a
duração do benefício. O texto, porém, aguarda o sinal
verde da Câmara dos Deputados que, de acordo com o
presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), deve ser
aprovado amanhã."Se quisermos reduzir a pobreza e a miséria no Brasil,
você tem que dar o dinheiro direto para os mais
desfavorecidos, para os mais pobres, que é o que a
gente fez, que é a filosofia lá atrás do Bolsa Escola, do
Bolsa Família. O auxílio emergencial acabou seguindo
também uma linha semelhante, que é botar o dinheiro
onde está o mais pobre, não nos intermediários",
acrescentou Guedes.Apesar de flexibilizar regras fiscais para permitir a
retomada do programa, a volta do auxílio não vai
precisar ser submetida a limitações previstas no teto de
gastos. O limite foi definido depois que parlamentares
fizeram uma tentativa de estender ao Bolsa Família a
possibilidade de extrapolar o teto, proposta que,
segundo Lira, não passará.A PEC Emergencial tem um valor fixado em R$ 44
bilhões, fora do teto de gastos, para custear a retomada
do benefício, mas não estima quanto o pagamento das
parcelas custará. O texto ainda prevê protocolos para
contenção de despesas públicas e uma série de
medidas que podem ser adotadas em caso de
descumprimento do teto de gastos -- que limita o
aumento das despesas da União à inflação do ano
anterior.Impacto menorPara o diretor-executivo da Instituição Financeira
Independente (IFA) do Senado, Felipe Salto, a
retomada do pagamento terá um impacto menor na
economia, pois tem investimento mais baixo. "Esse
limite de R$ 44 bilhões representa algo entre 0,5% e
0,6% do PIB. Em relação ao peso que o auxílio exerceu
na economia, em 2020, será bem menor, porque
naquele período o gasto se aproximou de R$ 300
bilhões (algo como 4% do PIB)", explicou. Salto, porém,
salientou que "a medida será muito importante para