Em tempos de crise, damos as mãos
Banco Central do Brasil
Correio Braziliense/Nacional - Noticias
quarta-feira, 10 de março de 2021
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O ano de 2020 foi marcado pela saudade e dor da
perda de entes queridos. Mas foi também, no
conturbado contexto de pandemia e crise
socioeconômica, que uma avalanche de solidariedade e
coletividade emergiu. Como dizia irmã Dulce dos
Pobres: 'Se houvesse mais amor, o mundo seria outro'.
A exemplo da santa, muitas pastorais e grupos
religiosos deram o máximo de si em favor do próximo,
principalmente durante o tempo de pandemia, em que a
solidariedade passou a ser uma virtude ainda mais
valorizada também em 2021.
Servir. Essa é a palavra que rege a associação sem fins
lucrativos Obras de Assistência e de Serviço Social da
Arquidiocese de Brasília (Oassab). Fundada em 22 de
dezembro de 1960, a associação vinculada à Mitra
Arquidiocesana de Brasília promove campanhas de
arrecadação de cestas básicas para mitigar a fome de
pessoas carentes afetadas ainda mais pela pandemia
do coronavírus.
'Todo o esforço da Oassab visa atenuar a fome
daqueles que vivem à margem da sociedade e padecem
com as consequências da pandemia e do isolamento
social involuntário', explica o presidente da Oassab, o
sacerdote Carlos Henrique Silva Oliveira, 49 anos. De
acordo com o padre, o grupo busca seguir a urgência
caritativa que a Igreja de Brasília tem pregado durante a
pandemia. 'Em atos concretos, 'dar pão a quem tem
fome', assim como Jesus nos ensinou como obras de
misericórdia. Precisamos estar atentos às pessoas
carentes e necessitadas, em particular as famílias',
reforça.
Doar vida
Devido à pandemia, muitos estão desempregados e
com dificuldade financeira. Nesse cenário, a doação de
alimentos é de suma importância, conforme explica o
presidente. 'Doar alimentos significa doar vida, atitudes
como essa garantem a sobrevivência de famílias
necessitadas. Além de fomentar o amor, a caridade e
outros valores: a prática do amor ensinado por Cristo,
empatia, fraternidade. O projeto tem colaborado
também para que os nossos assistidos usufruam do
direito fundamental à alimentação que é indivisivelmente
vinculado à dignidade da pessoa', defende.
O Papa João Paulo II afirmou que a solidariedade não é
um sentimento vago de compaixão pelos infortúnios das
outras pessoas, e sim uma determinação firme e
perseverante de se comprometer com o bem comum.
Nesse sentido, ser solidário vai além de realizar gestos
esporádicos de caridade, envolve realmente abraçar as
causas e se tornar parte delas. É o caso do
comunicador Thiago Rodrigues Tibúrcio, 38, que
participa da pastoral Vicentinos há 13 anos.
Os vicentinos são um grupo de católicos dedicados à
prática da caridade, conforme explica Thiago. 'Temos
nossas famílias e nossos trabalhos, mas nos dedicamos
como vocacionados na missão de ajudar os pobres.
Nosso objetivo é ajudar o próximo, em suas mais
diversas necessidades materiais e espirituais', explica o
comunicador. Em Brasília, o grupo se faz presente
desde 1958, mesmo antes da fundação da cidade.
'Fazemos a ponte entre as pessoas que doam objetos e