Se não há ninguém, tudo gira em torno do acordar mais e
mais do sonho deste mundo, tendo o Instante Presente como
única premissa, e onde a morte física e o próprio fim do
mundo, ao invés de assustadores, são pura esperança.
POR QUE "AMAR AO PRÓXIMO COMO A
SI MESMO NADA TEM A VER COM PESSOA"?
Porque desde os primórdios a vida do ser humano é
marcada por desavenças das mais variadas; vive-se conflito
familiar; enreda-se em questões étnicas; busca-se supremacia;
cria-se adversário de todo tipo; separa-se por credo, cultura,
ideologia, condição socioeconômica; etc.
Então, fora do enganar-se a si mesmo e do ideal utópico, fica
claro que essa máxima do Cristo jamais poderia ser aplicada
à consciência comum, pessoal, egoísta; mas sim, à
consciência nua, à ausência do "eu"; que é justamente o fim
da própria ideia de ser uma pessoa.
Assim, sem o fim dos tempos, a humanidade continuaria no
seu sonho de que tudo é para ela, ou lhe diz respeito, sem
saber que isso é válido apenas em relação à sua real
consciência, fruto do desconhecido, que nada tem a ver com
sua conhecida e conflitante consciência.