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(Antfer) #1

CARREIRA - Um diploma de 6,5 trilhões de dólares


Banco Central do Brasil

Revista Exame/Nacional - Carreira
quinta-feira, 11 de março de 2021
Banco Central - Perfil 1 - Davos

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Autor: Luísa Granato, Victor Sena, com Carolina Ingizza


As iniciativas de formação continuada da mão de obra
estão crescendo em empresas mundo afora, por causa
da pandemia, e podem elevar o PIB mundial em 8% até
2030


A história da assistente administrativa Liliane Martins,
de São Paulo, é um exemplo de como a pandemia
colocou à prova as habilidades profissionais de boa
parte da mão de obra mundo afora. Antes da crise
sanitária, Martins trabalhava há uma década num
guichê de análise de crédito numa das lojas da varejista
Casas Bahia na Grande São Paulo.


O risco de contágio pelo vírus fez a gerência da loja
suspender o entra e sai de clientes logo nos primeiros
dias de pandemia. O contrato de trabalho de Martins
chegou a ser suspenso por 30 dias por causa da
mudança abrupta. Hoje em dia, embora a pandemia
siga ceifando vidas e atrapalhando todo tipo de
planejamento das empresas brasileiras, Martins está


com mais esperança sobre seu futuro profissional.

Há 12 meses, ela frequentou aulas online na
universidade corporativa da Via Varejo (dona da marca
Casas Bahia) para aprender a mexer em softwares para
atendimento virtual de clientes e recuperar noções
básicas de Excel. “No dia a dia, a gente não se
preocupa em aprender novas coisas”, diz. “Mas vieram
essas mudanças todas e precisei me preocupar.” A
formação veio em boa hora.

Com as vendas online da Via Varejo bombando na
quarentena, Martins fez parte de um grupo de 500
funcionários convidados para trocar os guichês pelo
atendimento remoto dos clientes. A mudança coincidiu
com um aumento de produtividade do setor: hoje,
passam por ali 180.000 chamados de clientes por
semana, 25 vezes mais do que antes da pandemia.

As aulas que Martins fez há um ano são parte de uma
tendência global das empresas em ensinar seus
funcionários a dar conta de desafios abertos com o
passar do tempo. É o que consultores em recursos
humanos chamam de reskilling — ou, em bom
português, nova formação. O assunto está longe de ser
uma novidade.

Desde a Revolução Industrial, no século 18, capitalistas
volta e meia dedicam tempo a iniciativas para ensinar
tecnologias capazes de tornar obsoletas as funções de
seus empregados — e, no limite, destruir a
competitividade de seus negócios. Nas últimas décadas,
empresas de diversos portes criaram universidades
corporativas para manter os funcionários antenados.

Mas poucas vezes o reskilling esteve tão presente na
cabeça de gestores como agora. Um indício é como o
tema tem sido tratado no Fórum Econômico Mundial,
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