LIDERANÇA - SOLIDÃO DO LÍDER TEM GÊNERO?
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quarta-feira, 10 de março de 2021
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Autor: REGINA MADALOZZO E ADRIANA CARVALHOIsoladas em seus grupos de trabalho, fica mais difícil
para as líderes dividir seus problemas e mostrar
vulnerabilidadeNo ambiente de negócios, chegar ao topo pode ser o
resultado de anos de trabalho, dedicação e renúncias.
Ao mesmo tempo, traz a felicidade da conquista, a
sensação de realização e a oportunidade de deixar um
legado para as futuras gerações. Nessa balança entre
investimentos e retornos, também entra um fator
bastante peculiar: a solidão da liderança.Em um interessante estudo conduzido com profissionais
que atuavam em papéis de liderança na América Latina,
Jessy Zumaeta, da Works Consultoria, mostra que a
chegada a um cargo de gestão traz consigo algumas
implicações sociais. A pressão faz com que pessoas
que ocupam a liderança sintam um certo isolamento
social em relação a suas equipes, além da falta de
apoio para suas iniciativas e da exaustão das demandas
típicas de suas cadeiras. Os homens geralmente
compensam a solidão participando de grupos com seus
pares, que ocupam posições similares em outras
organizações. Será que as mulheres compensam a
solidão da mesma forma? Dificilmente.As estatísticas apontam que as mulheres ainda são
pouco representativas na liderança das empresas.
Pesquisa de 2018 da Leanln.org e da McKinsey analisa
esse tipo de solidão: como é ser o único em um grupo
— a única mulher em um grupo de homens, ou a única
pessoa negra em um grupo de pessoas brancas, por
exemplo. Quando isso ocorre com as mulheres, elas
relatam que precisam provar sua competência mais do
que os outros integrantes do grupo, têm suas posições
questionadas mesmo quando em suas áreas de
expertise, são abordadas de forma pouco profissional