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Pequenas Empresas Grandes Negócios/Nacional - Artigo
quarta-feira, 10 de março de 2021
Cenário Político-Econômico - Colunistas
por seus pares, são confundidas com pessoas de
cargos inferiores aos que ocupam e, por fim, escutam
comentários depreciativos sobre o grupo ao qual
pertencem. Como forma de autoproteção, a tendência é
se resguardar para garantir a própria sobrevivência.
Há ainda a questão do double standard: as diferenças
nos padrões esperados de comportamento, de acordo
com o gênero. Um exemplo disso são as percepções
das atitudes de mulheres na liderança. Se são incisivas
em suas demandas, são consideradas agressivas
demais — homens com esse comportamento são,
geralmente, considerados assertivos. Se tentam
convencer suas equipes com baixo nível de
agressividade, são consideradas lenientes ou “mãe-
zonas” — homens que assim se comportam são vistos
como “preocupados com pessoas”. A possibilidade de
mostrar sua vulnerabilidade é muito mais arriscada para
elas do que para eles.
Tudo isso considerado, a chance de uma mulher ocupar
uma cadeira de líder e se sentir isolada de todos,
inclusive de seus pares, é muito grande. Por isso,
justificam-se movimentos de união entre mulheres na
liderança que façam um contraponto a esse visível
isolamento — grupos como o 30% Club, Mulheres do
Brasil, Women Corporate Directors. A conexão com
suas pares possibilita uma maior conscientização dos
fatores que as mantêm isoladas e, ao mesmo tempo, as
iluminam com estratégias que ajudem a superar mais
esse obstáculo. Obstáculo esse que deixará de existir,
se acelerarmos as mudanças e incentivarmos mais
mulheres a ambicionarem a liderança.
Assuntos e Palavras-Chave: Cenário Político-
Econômico - Colunistas