STARTUPS - TECNOLOGIA, PALAVRA FEMININA?
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quarta-feira, 10 de março de 2021
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Autor: FERNANDA KONRANDT DE CAMPOSParticipação das mulheres no ecossistema cresce, mas
estamos longe de atingir a equidadeNão há dúvidas de que o ecossistema de
empreendedorismo inovador ainda é
predominantemente masculino. De acordo com
pesquisas realizadas pelo Startup Genome e pela
Global Entrepreneurship NetWork, a média mundial de
startups criadas por mulheres é de 14%, sendo Chicago
o ecossistema com o maior percentual, chegando a
25%. Este cenário traz alguns desafios para as
mulheres, como maiores dificuldades para acessar
capital de risco. Em um estudo realizado pela
plataforma Pipe.social, das empresas fundadas por
mulheres (exclusivamente ou em maioria no quadro
societário), apenas 25% conseguiram investimentos. Na
comparação, 55% entre os negócios fundados por
homens ou com predominância masculina receberam
aportes. Esse número é ainda mais curioso quando se
observam outros estudos mostrando a importância da
diversidade de gênero no empreendedorismo. Segundo
dados levantados pelo Boston Consulting Group, uma
mulher gera 2,5 vezes mais receita a cada dólar
recebido em investimentos do que homens.São muitos os fatores que contribuem para a
manutenção dessa situação. Em alguns países, faltam
lideranças femininas locais capazes de inspirar novas
mulheres a empreender. Em outros, as barreiras
culturais tornam a abertura de uma empresa de base
tecnológica quase impossível para as mulheres. E, de
maneira geral, a falta de incentivo para que as meninas
se interessem pela área de Exatas ou busquem uma
formação nas disciplinas STEM (da sigla em inglês:
ciência, tecnologia, engenharia e matemática) impede
que a porcentagem de donas de startups aumente em
todo o planeta — inclusive no Brasil.