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quarta-feira, 10 de março de 2021
Banco Central - Perfil 1 - IPCA
atividades similares no mercado", diz Michelle, do
Sebrae- -SP. Caso a projeção indique perda de
faturamento, o dono do negócio pode ter de considerar
o corte de funcionários.
DEMITIR OU NÃO?
“Pensando que os colaboradores são o maior ativo da
empresa, cortes só devem ocorrer em último caso",
afirma Kelly, da FecomercioSP. Ainda mais que, mais
adiante, pode ser necessário recontratar. Em vez disso,
ela sugere engajar os funcionários na diversificação de
canais para aumentar o faturamento. Michelle, do
Sebrae-SP, vai além e recomenda, se necessário,
reduzir temporiamente a taxa de lucratividade da
empresa para evitar demissões. “De imediato, o corte
acaba onerando a empresa, além de requerer
investimentos futuros para repor a vaga, com
recrutamento, contratação e treinamento", diz. Se os
desligamentos forem inevitáveis, uma alternativa é
terceirizar a função.
RETENÇÃO DO COLABORADOR
O nível de especialização do funcionário e a
disponibilidade de mão de obra no mercado devem ser
avaliados quando o assunto é retenção de talentos.
Outro ponto a se considerar são as estratégias do
próprio negócio. “Para quem tem o atendimento como
diferencial, preservar profissionais qualificados e
inseridos na cultura da empresa é altamente
recomendado”, afirma Michelle, do Sebrae-SP. O
mesmo vale para empreendimentos que estão em pleno
processo de transformação digital — investindo em um
novo modelo de negócio, por exemplo — e que,
portanto, precisam reter seus especialistas em TI.
PRECIFICAÇÃO
CUSTOS DIFERENTES
Embora alguns custos de um ponto de venda online
sejam menores que os de uma loja física, outros gastos
inerentes ao canal precisam ser levados em conta. E o
caso de embalagem, frete e comissão para o
marketplace (até 25%). “Outro aspecto a se considerar
na formação do preço é o comportamento da
concorrência, a margem de lucro que se pode obter em
função do posicionamento da marca e o objetivo do
empreendedor”, afirma Ana, da Ana Vecchi Consulting.
Ela ainda destaca que, embora as promoções sejam
bem-vindas, viver só delas não fecha a conta. “Deve-se
vender a experiência, de forma a fidelizar o público", diz
ela.
FLUXO DE CAIXA
ÓTICA OMNICHANNEL
Via de regra, a precificação considera os custos fixos e
variáveis do produto. “A novidade agora fica por conta
dos custos decorrentes dos novos canais de venda que
se popularizaram na pandemia”, diz Michelle, do
Sebrae-SP. Ela alerta, porém, que o processo não se
resume a transferir os preços do ponto físico ao digital,
incorporando apenas o frete. “O grande erro é continuar
fazendo essa segmentação. Já não existe uma empresa
física e outra digital", afirma. Na prática, isso significa
passar a analisar os custos da organização como um
todo e adotar a ótica omnichannel para fazer formação
de preços e serviços.
Para turbinar a produção de caixa, o empreendedor
pode alterar fatores que impactam diretamente a
precificação. “Uma alternativa é reduzir um pouco a
margem de lucro para baixar o preço do produto — 10%
já seria significativo — e atrair mais consumidores", diz
Kelly, da FecomercioSP. Outra opção seria intensificar o
controle de gastos. “No processo, vale a pena
abandonar práticas tradicionais e identificar
oportunidades que aumentem a lucratividade. É o caso
das novas formas de pagamento, como o PIX, e da
digitalização de processos, que tornam a gestão do
negócio mais eficiente”, afirma Michelle, do Sebrae-SP.