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quarta-feira, 10 de março de 2021
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MOVIMENTO DIGITAL
Avalie que tipo de inovação irá agregar valor para o
cliente, especialmente no que diz respeito aos canais de
venda. "Desde o início da pandemia, 4 milhões de
novos brasileiros compraram no mercado online e 135
mil lojas virtuais foram lançadas”, diz Giovana Vieira,
professora de empreendedorismo do ProCED FIA
(Programa de Capacitação da Empresa em
Desenvolvimento da Fundação Instituto de
Administração). Para ela, trata-se de um caminho sem
volta. “É impossível pensar na longevidade da empresa
sem passar pela transformação digital”, afirma. Mas o
ponto físico não vai acabar: online e offline serão
complementares.
MELHORES FERRAMENTAS
Para quem está dando os primeiros passos no mercado
online, os marketplaces são uma boa pedida.
“Principalmente para produtos que já têm demanda na
plataforma”, diz Giovana, do ProCED FIA. Pense bem
antes de abrir um e-commerce próprio: o investimento
mínimo é de R$ 30 mil. “E recomendado para produtos
ou serviços customizados ou de cunho técnico, que
requerem apresentação diferenciada”, afirma a
especialista. E preciso também prestar atenção às
redes sociais enquanto ferramentas de venda e
relacionamento — o chamado social commerce.
RECURSOS NECESSÁRIOS
“Não dá para adiar o investimento no digital, mesmo
porque esse movimento não está circunscrito à
pandemia”, afirma Giovana, do ProCED FIA. É uma
medida necessária para o negócio ganhar
competitividade no novo cenário e gerar valor para o
cliente. Na hora de analisar o ROI (retomo sobre o
investimento), o empreendedor deve levar esse
contexto em conta. “Para bancar a transformação, vale
parcelar a compra de equipamentos ou mesmo financiar
uma linha de crédito", diz a expert. A fim de mitigar os
riscos da operação — somados às incertezas
provocadas pela pandemia —, uma alternativa é prever
a execução do projeto em fases.
MARKETING DIGITAL
VITRINE NECESSÁRIA
“As vendas no mundo online não acontecem sem
marketing digital”, afirma Giovana, do ProCED FIA. “E
como ter uma loja em que ninguém passa na frente."
Para ser assertivo e levar consumidores para visitar a
loja online, o empreendedor precisa conhecer — em
detalhes — o comportamento do seu público. E assim
definir a persona da sua marca. “O conceito, porém, não
é estático. Hoje, por conta da pande- mia, ocorrem
mudanças muito rápidas, que influenciam o
comportamento das pessoas e impactam o consumo."
E, portanto, um investimento contínuo.
MELHORES PRÁTICAS
“Saber se relacionar com o cliente em todos os canais
de venda ainda é a estratégia mais eficiente”, afirma
Ana, da Ana Vecchi Consulting. Segundo ela, vêm
obtendo melhores resultados na pandemia as marcas
que contam com dados atualizados dos clientes e
relacionamento previamente estabelecido. A venda
sugestiva — que encanta os olhos ou traz uma solução
imediata para o consumidor — também é válida. “Para
formar audiência, invista em impulsionamento no
Google e em redes sociais. Em uma segunda etapa,
aposte em comparadores de preços e blogs de nicho”,
diz Giovana, do ProCED FIA.
ONDE INVESTIR
As decisões de investimento precisam se basear em
indicadores seguros. “Assim, o empreendedor terá
clareza de quais anúncios, campanhas, ações em redes
sociais ou parcerias com influenciadores, entre outros,
geram mais vendas", diz Michelle, do Sebrae-SP. Onde
só há curtidas e novos seguidores, a recomendação é
cortar custos. Giovana, do ProCED FIA, alerta que
iniciativas de impulsionamento demandam recorrência.
“É preciso provisionar verba mensal e estar ciente de