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Revista Meio & Mensagem/São Paulo - Opinião
terça-feira, 9 de março de 2021
Cenário Político-Econômico - Colunistas
articulação do físico e do digital. É como se o espaço
físico fosse ampliado pelo digital, mas orquestrado pelo
espaço social no que Meira chama de 'figital' — mistura
do físico, digital e social.
Nesse mundo híbrido, uma questão que tem
concentrado a atenção dos consumidores é o papel das
empresas em relação ao cuidado com o planeta. Ao
menos 70% dos brasileiros afirmam que buscam
companhias com impacto social e ambiental positivos e
90% optam por marcas sustentáveis. Respondendo a
essa expectativa, as marcas precisam mais do que
nunca transbordar seus propósitos em relação ao meio
ambiente com iniciativas e compromissos públicos. Os
consumidores querem ver — na vida real — o que tem
sido feito, como tem sido feito e os resultados disso.
Exigem transparência e "traceability" ou seja, que o
fabricante de determinado produto tenha o rastreio
completo do que é produzido, desde o campo até a
mesa. Inclusive, querem ir além: uma pesquisa com 3
mil consumidores nos Estados Unidos mostrou que 80%
preferem que se use "regenerativo" como termo para
tratar das ações ligadas à cadeia de produção porque
consideram "sustentável” muito passivo (The Emerging
Regenerative Customer, ReGen, 2020).
Por meio de uma conexão respeitosa com as pessoas,
entendemos que elas querem saber quais são os
nossos compromissos, qual é o nosso propósito, o que
estamos fazendo pela sociedade e pelas gerações
futuras. E esperam esse posicionamento claro. O
cuidado com o planeta vai, assim, se tornando parte da
estratégia de negócios e precisa estar no centro de tudo
o que fazemos. Mais uma vez, estamos falando de
pessoas para pessoas. E, claramente, para o planeta!
Assuntos e Palavras-Chave: Cenário Político-
Econômico - Colunistas