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Revista Carta Capital/Nacional - Editorial
quinta-feira, 11 de março de 2021
Cenário Político-Econômico - Colunistas

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Autor: Mino Carta

O papa Francisco sabe como ninguém que Cristo foi o
maior revolucionário

Algo inaceitável é a tentativa de comparar o papa
Francisco com João Paulo II. Em relação a este cabem
várias perguntas, em grande parte sem resposta. Karol
Wojtyla foi, sobretudo, um papa político, empenhado,
como bom polonês, no combate ao comunismo.
Francisco também não deixa de manter uma postura
política, mas seu dom é representar com extrema
clareza a determinação em evocar Cristo e sua palavra.

Wojtyla chegou ao trono vaticano depois da estranha
morte do papa Albino Luciani 33 dias após a escolha do
Consistório. Todas as graves dúvidas levantadas pelo
súbito desaparecimento de João Paulo I foram
retratadas corajosamente por Francis Ford Coppola no
fime O Poderoso Chefão III. Alcançado o poder, Wojtyla
fechou os olhos diante dos escândalos precipitados pelo
IOR, o Banco do Vaticano, que não hesitava em lavar
dinheiro mafioso. Além disso, incentivou a Cúria
Romana, liderada pelo cardeal Tarcisio Bertone,
devassa e arrogante como em tempos renascimentais.

Não é por acaso que no controle das finanças vaticanas
esteve o cardeal Paul Marcinkus, o qual como prelado
era, sobretudo, bom jogador de tênis e conquistador de
belas damas da nobreza chamada preta, por estar muito
próxima do comando papal. A propósito, Marcinkus
acompanhou o papa na sua visita ao Brasil, em 1980.
Somente depois do atentado sofrido em maio de 1981
Wojtyla decidiu afastar Marcinkus, relegado ao
cardinalato em uma pequena comunidade
estadunidense.

A ação de Francisco deu-se no sentido oposto, na
evocação constante da palavra de Cristo. Ele afastou de
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