Banco Central do Brasil
Revista RI/Rio de Janeiro - CAPA
quarta-feira, 10 de março de 2021
Banco Central - Perfil 1 - Selic
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Autor: Daniela Rocha
Diante do novo boom de IPOs, aumenta a demanda por
profissionais de Relações com Investidores (RIs) - a
partir das crescentes atribuições e responsabilidades
desses profissionais na linha de frente das companhias,
tornando a área de RI cada vez mais estratégica.
Cadê os RIs? Onde estão? Basta fazer algumas
pesquisas no Google, nos sites das companhias, no
LinkedIn, além de conversar com headhunters e
consultorias de recrutamento e seleção para ver que
existe uma série de ofertas de vagas nas áreas de
Relações com Investidores. Há posições abertas para -
desde estagiários, analistas, passando por
coordenadores, gerentes, chegando até diretores.
O fato é que de 2014 até o final de 2019, o segmento
ficou praticamente parado, com baixíssima mobilidade
de profissionais, por conta do período de recessão, de
economia fraca e das altas taxas de juros – que vieram
caindo mais recentemente. Assim, as empresas
mantiveram seus departamentos de RI enxutos e houve
um hiato na formação de novos profissionais.
Mas, desde o início de 2020 houve uma reviravolta e o
mercado de trabalho dos RIs ficou bastante agitado.
Apesar da crise causada pela pandemia do
Coronavirus, veio uma onda de IPOs. A queda da Selic
- chegando ao seu menor patamar histórico - estimulou
um fluxo recorde de investidores pessoa física para a
Bolsa, tornando o mercado mais atraente para
empresas se capitalizarem. Somado a isso, os IPOs
foram favorecidos pelo cenário de liquidez global, pelos
investimentos estrangeiros, que retornaram com mais
vigor à B3 no final do ano passado – e mesmo com o
cenário atual de preocupações com ingerência política
nas estatais, o saldo dos “gringos” seguia positivo no
ano até o fim do mês passado.
Em 2020, 28 companhias estrearam na Bolsa,
registrando uma captação total de mais de R$ 117
bilhões. Foi o maior número desde o boom de 2007,
com 64 aberturas, que levantaram juntas mais de R$ 55
bilhões, sendo que dessa leva de 2007, apenas 36
permanecem listadas na Bolsa até hoje.