Banco Central do Brasil
Revista Carta Capital/Nacional - Plural
quinta-feira, 11 de março de 2021
Banco Central - Perfil 1 - Bitcoins
reconhecer diretamente o seu trabalho.”
Vamoss, diretor de tecnologia da SuperUber,
responsável pela direção de tecnologia do Museu da
Língua Portuguesa, conseguiu vender sua primeira peça
de arte digital, sobre o deus Janus, pelo preço
equivalente a 140 reais na plataforma OpenSea. A obra
está valendo 221 reais, na última cotação do ethereum.
Mas nesse mercado da criptoarte também há obras
supervalorizadas. Everydays: The First 5000 Days, do
artista Beeple, atingia, até a quarta-feira (10), o valor de
9,75 milhões de dólares. É a primeira arte digital
negociada na famosa casa Christie’s, que já leiloou
obras de Van Gogh, Picasso e Rembrandt.
O músico Marcelo D2 também está com sede de
produzir, mas sua praia tecnológica é outra. Desde o
início da pandemia, ele e outros artistas, como Criolo,
Tropkillaz e DJs de todo o País, passaram a explorar a
Twitch, uma plataforma de vídeos mais conhecida pelos
jogadores de esportes eletrônicos. Distantes dos palcos,
eles puderam se reaproximar do público por meio
dessas transmissões pela internet. A principal diferença
da Twitch em relação ao YouTube, Instagram ou
Facebook é que ela facilita a comercialização de
assinaturas.
Com mais de 80 mil seguidores, o rapper carioca
decidiu inovar com a produção, edição e divulgação de
seu álbum Assim Tocam os Meus Tambores ao vivo na
Twitch. É um projeto que está sendo tocado há meses,
e que premia os fãs não só com esses bastidores, mas
também com a intimidade da casa de D2. Numa das
transmissões, ele afirma que quer colocar um rap no
disco, em parceria com novos talentos. “Tô a fim de
fazer uma música com o Emicida. Ele tem uma ideia
boa pra caralho”, afirma. Na nova composição, ele
citaria sambas do Rio e Emicida, os de São Paulo.
A plataforma de vídeos curtos Tik Tok, febre entre
adolescentes, é outra frente para os artistas. Na maioria
das vezes, ela serve para “revelar” um outro lado, como
faz o cantor superstar Justin Bieber. Com mais de 20
milhões de seguidores, ele é um membro ativo do Tik
Tok, apresentando os bastidores de shows e de sua
vida pessoal. Nos dias 14 e 15 de fevereiro, ele fez
nessa plataforma uma live de Journals, álbum de 2013.
Teve mais de 4 milhões de visualizações. Desde o
anúncio do #JournalsLive, ele conquistou 700 mil novos
seguidores.
No Brasil, artistas famosos também ocupam o Tik Tok
para participar de desafios e outras brincadeiras que
entretêm o público. Mas há quem veja na plataforma
outras possibilidades, como a Palhaça Catarina. A atriz
Julia Bertolini, do grupo Praiaças, da Baixada Santista,
decidiu fazer os vídeos curtos com mensagens
inteligentes. “Ser palhaça já é revolucionário. E falar de
política, mais ainda”, diz ela, que não perde a
oportunidade de fazer troça de Jair Bolsonaro. “Alguns
apoiadores dele me acham engraçada. Fui na linha de
fazer brincadeiras, mas tentar conscientizar sem ser
agressiva.”
Outra iniciativa é o Pirata de Galochas. Com recursos
da Lei Aldir Blanc, o grupo Galochas criou um
espetáculo infantojuvenil no Tik Tok, no qual cada ator,
pirata ou não, está isolado na mídia social e se recusa a
praticar a violência em nome do Estado.
O grupo tem a prática do teatro ligado a movimentos
sociais, atuando com os sem-terra e os sem-teto.
“Ocupar o Tik Tok sempre foi por colocar conteúdo
crítico em uma rede que não é tão crítica. Fazer
produções que sejam divertidas, sedutoras, mas
disputando conteúdo nesse espaço. Isso me parece
bastante piratesco”, afirma Rafael Presto, responsável
pela dramaturgia da peça.
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