National Geographic Portugal - Edição 220 (2019-07)

(Antfer) #1

O QUE DIZEM OS TESOUROS


DE CONÍMBRIGA


As moedas de cada civilização con-
tam muito mais do que a forma de
pagamento usada em cada época.
O metal utilizado e o seu grau de
pureza, a iconografi a de anversos e
reversos, refl ectem as transforma-
ções económicas e as ideologias de
cada período. À esquerda, tesouro de
solidi (moedas de ouro) do século V.

Solidus de Honório
(393-423 d.C.)
Uma inflação
incontrolável neste
período afectou
a confiança das
populações na
moeda de bronze
e transformou o
ouro no único valor
de refúgio.


Tremis visigótico,
século VI
É inspirado num
exemplar do
imperador
Justiniano I. Só ao
tempo de Leovigildo
(572-576 d.C.), os
visigodos cunharão
as suas primeiras
moedas nacionais.


Semis de Honório,
cerca de 407 d.C.
Valia metade do
solidus. O seu
achado é pouco
comum nas
províncias
hispânicas.

Dirhams árabes,
século VIII
Foram descobertos
nas escavações
realizadas na primeira
metade do século
passado. Constituem
um testemunho

insofismável da
influência árabe em
Conimbriga. Durante
muito, conjectura-
ra-se que, no período
islâmico, Conímbriga
já teria sido
abandonada.

Tremis suevo,
século VI
Trata-se de um
exemplar da série
latina munita,
considerada a “jóia
da coroa” das séries
monetárias suevas.
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