Dragões - 201605

(PepeLegal) #1

10 TEMA DE CAPA


REVISTA DRAGÕES maio 2016


Ficou surpreendido por se ter
adaptado tão rapidamente ao FC
Porto?
Definitivamente que sim, mas não
por questões pessoais. Para mim,
é muito importante a ligação que
consegui com os companheiros e
isso é o que mais me tem ajudado
a conseguir bons números. As boas
exibições individuais dependem
muito deles.


Ter encontrado outros mexicanos e
muitos jogadores que falam espanhol
tornou a adaptação mais fácil?
Encontrar gente com os mesmos
costumes e ideias ajuda muito à
adaptação fora do campo: o Héctor
[Herrera], o Corona, o Gudiño, até
o [Omar] Govea, da equipa B. E a
língua também não foi um problema,
porque a maioria dos companheiros
fala espanhol.


Sente que caiu no goto dos adeptos?
Estou muito contente com eles,
porque sempre tive ideia de que
o apoio e a energia extra que
dão desempenham um papel
importante. Sempre que entro em
campo o meu único objetivo é dar
tudo, até à última gota de suor, tal
como disse na primeira entrevista,
quando assinei pelo clube.


Outro aspeto muito apreciado é o
facto de ser polivalente. Onde se
sente mais confortável?
Sempre me senti mais confortável
a jogar mais atrás. Prefiro ser
lateral ou médio pela esquerda,


mas como médio encontro menos
diferenças em jogar à esquerda ou
à direita. Como lateral sinto-me
mais confortável por ter o campo
aberto à minha frente: dá-me
uma perspetiva diferente e mais
possibilidades. Onde quer que
jogue, tento estar concentrado e
não ser um peso para a equipa,
como quando joguei a central.
Tentei fazer o melhor para a
equipa não sentir que as coisas
podiam correr mal pelo meu lado.
A abertura de espírito acaba por te
ajudar a estar bem.

Foi uma surpresa quando o
treinador lhe disse que ia jogar
a central em Dortmund?
Falámos sobre essa possibilidade.
Tinha treinado algumas vezes
nessa posição no América, quando
faltavam jogadores. Disse-lhe que,
se necessitasse, faria o melhor
possível. Foi uma experiência nova
e num jogo como esse foi especial.

Sente que é um verdadeiro
jogador universal?
Tento ser o mais possível. Acho
que quanto mais moldável ou
flexível for um jogador, mais
possibilidades tem de jogar ou de
se manter em campo. Agrada-me
saber que, cada vez que há alguma
situação imprevista, o treinador
pode pensar em mim como uma
ajuda.

Um dia destes ainda o vamos ver
à baliza?
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