16 TEMA DE CAPA
REVISTA DRAGÕES maio 2016
Porto
de
pesca
Só está há oito meses no Porto, mas
já se sente apaixonado pela cidade.
Layún fala ainda dos hobbies, em que
se incluem o golfe e a... pesca!
O que gosta mais no Porto?
Tudo. Respira-se uma tranquilidade
muito bonita. É uma cidade incrível
e, com a minha mulher e o meu
filho, que tem nove meses, podemos
desfrutar de muitas coisas: a praia,
o rio, junto ao qual gostamos de
caminhar, e o centro é incrível.
A minha mulher obrigou-me a
conhecer mais o Porto do que tinha
imaginado. Tem mesmo o encanto
que faz com que muitos digam
que, depois de terminar a carreira,
querem ficar por cá.
Põe isso de parte?
O problema é deixar a família tão
longe. Há dias, disse à minha mulher
que é uma pena não estarmos a três
ou quatro horas de voo do México.
Se fosse assim, comprávamos casa
aqui e não se falava mais nisso. A
viagem para o México demora umas
20 horas e é complicado viver deste
lado do mundo, mas nunca se sabe.
Para já, fizemos uma promessa, como
família, de aproveitar mais o que nos
rodeia. Gostamos de sair e tomar café
à tarde, junto ao rio, ou ir ao centro
comercial. É importante para manter
a cabeça limpa. Com o Rúben e o
Danilo, também já fui ao rio tentar
pescar, mas não pescámos nada.
Quantas vezes tentaram?
Três ou quatro, mas não pescámos
mesmo nada. Somos muito fracos
[risos]. A única coisa que podemos
pescar é uma constipação.
Tem mais algum passatempo?
Jogar golfe, mas infelizmente aqui
ainda não consegui. Para mim é
um relaxante natural e no México
e Inglaterra desempenhou um
papel importante. Quando estava
num momento de stress, era uma
válvula de escape. Jogava uma
tarde, tranquilo, para me acalmar,
pensar em tudo da melhor maneira
e carregar baterias.
Qual é o seu jogador modelo?
David Beckham. Talvez não seja
o clássico jogador mágico, mas foi
um grande exemplo. Tecnicamente
encantava-me, o toque de bola
é do melhor que já vi. Podia ver
vídeos dele durante horas, a bater
livres, em jogadas em movimento,
cruzamentos... Para além disso, soube
compaginar a vida fora do futebol
com a carreira de jogador. Soube
explorar a outra face da moeda.
Até agora, qual foi o seu melhor
momento no FC Porto?
Tem sido uma temporada com altos
e baixos em termos emocionais.
Espero no final ter esse momento
que marque a temporada.
“Não me arrependo
de nada do que vivi.
As experiências,
boas ou más,
enriquecem-nos.”