TEMA DE CAPA 17
REVISTA DRAGÕES maio 2016
Um destro
com alma de
esquerdino
Não é muito habitual ver um lateral
esquerdo a jogar preferencialmente
com o pé direito. Layún explica como
esse facto torna o seu jogo mais rico.
Como é que se foi
fixando à esquerda?
Foi algo que aconteceu há muitos
anos, no Veracruz, a equipa em que me
estreei na Primeira divisão. O Miguel
Herrera, ex-treinador da seleção do
México, colocou-me a defesa esquerdo
com liberdade para subir no terreno,
numa linha de cinco. Comecei a sentir-
me confortável porque gostava muito
da ligação com os pontas de lança.
E era mais fácil fazê-la pela esquerda,
porque pela direita tinha de procurar o
meu pé mais fraco, o esquerdo.
Certamente teve de trabalhar
muito o pé esquerdo...
Sim, e continuo a treinar o cruzamento
com o pé esquerdo e ir à linha
de fundo com o pé mais fraco.
Cortar para dentro já é algo que
me é natural. Percebi que há mais
possibilidades na esquerda, porque
no nosso lado natural tendemos a
procurar muito a faixa e isso às vezes
é contraproducente.