REVISTA DRAGÕES maio 2016
24 destino: final
TACA COM DONO
INÉDITO NO "ANO KELVIN"
Sporting de Braga-FC Porto, 1-0
Final da Taça da Liga 2012/13
Estádio Cidade de Coimbra
13 de abril de 2013
Árbitro: João Capela (Lisboa)
Sporting de Braga: Quim; Baiano, Nuno André
Coelho, Aderlan Santos e Elderson; Custódio,
Mossoró (Douglão, 90m), Rúben Micael (João
Pedro Cunha, 73m) e Hugo Viana; Alan e Carlão
(Zé Luís, 77m)
Treinador: José Peseiro
FC Porto: Fabiano; Danilo, Mangala, Abdoulaye
e Alex Sandro; Fernando, Defour (Kelvin, 59m) e
João Moutinho; Lucho (Otamendi, 45m), James
(Atsu, 74m) e Jackson Martínez
Treinador: Vítor Pereira
Marcador: Alan (45+2m g.p.)
Cartão Amarelo: Abdoulaye (17 e 45m), Elderson
(36m), Baiano (48m), Mossoró (67m), Custódio
(80m) e Quim (90+4m)
Cartão vermelho: Adboulaye (45m)
O FC Porto tem o bicampeonato na mira e discute
o título taco-a-taco com o Benfica. Está numa fase
decisiva da competição maior quando joga em
Coimbra a segunda final da Taça da Liga da sua
história. Cinco dias antes, batera o Braga por 3-1, no
Estádio do Dragão, na jornada 25 do campeonato,
com dois golos de Kelvin nos últimos dez minutos
do jogo. E agora tem pela frente a segunda oportu-
nidade para erguer pela primeira vez na história
o troféu mais recente do calendário do futebol
português. Helton está no banco – é o único jo-
gador da ficha de jogo que ainda permanece no
clube -, do lado dos arsenalistas, então treinados
por José Peseiro, atual técnico dos azuis e bran-
NAS MÃOS DE HELTON,
NA CABEÇA DE FALCAO
Princípio de noite de 18 de maio de 2011, o FC
Porto entra na bela e moderna Arena de Dublin
em busca da glória europeia. Chega na qualidade
campeão nacional imaculado e celebrado em
pleno Estádio da Luz, no caminho de uma época
de sonho, que terminará de forma perfeita dias
mais tarde, com mais uma Taça de Portugal.
Chega com o estatuto de favorito, pelo presente
e pelo passado, mas volta a provar do equilíbrio
que marca a tradição nas finais com o Sporting
de Braga. Começa melhor, cria mais perigo, mas
os arsenalistas sacodem a pressão e dão boa
réplica. O intervalo está perto, mas não chega
sem que antes uma bola cruzada do lado direito
por Guarín vá ter com a cabeça de Falcao, que a
coloca longe do alcance de Artur. Está feito o 18.º
golo do internacional colombiano em 16 jogos
na prova, em que se sagra o melhor marcador de
sempre numa única edição da Taça UEFA/Liga
Europa. Falcao, tal como Gomes, exatamente
34 anos antes, decidia ali a primeira final das
competições europeias entre dois emblemas
portugueses.
O Sporting de Braga regressa atrevido dos
balneários: logo no primeiro minuto da segunda
parte, Mossoró aparece na cara de Helton,
que com uma enorme defesa nega o golo ao
compatriota. O internacional brasileiro, o único
“Foi, sem dúvida alguma, o troféu mais importante
da carreira, pela data em que aconteceu,
pelas condições que tínhamos na altura.”
cos, são titulares três jogadores com passado no
Dragão: Rúben Micael, Nuno André Coelho e Alan.
Ao FC Porto pertencem as melhores oportuni-
dades de golo e o domínio em campo. Até que
tudo muda ao segundo minuto de compensação
da primeira parte: Abdoulaye comete um penálti
sobre Mossoró, vê o segundo amarelo e o respe-
tivo vermelho e Alan converte o único golo da
única vitória do Braga numa final com os azuis e
brancos. Estamos a 28 dias de Kelvin, o número
28, assinar frente ao Benfica aquele golo épico ao
minuto 92 no Estádio do Dragão, decisivo para a
conquista do 27.º título de campeão.
A vitória foi
azul e branca
na primeira
e única final
europeia
entre os
dois clubes