Jorge Nuno Pinto da CostaREVISTA DRAGÕES maio 2016PÁGINA DO PRESIDENTE 07
A final da Taça é o nosso alvo mais pró-
ximo, um jogo que vale um troféu que
queremos vencer, que queremos que
seja um ponto de partida, que queremos
que seja o início de uma nova época de
sucessos. Se vencermos, como ambicio-
namos, já sabemos que será desvalori-
zado, que será visto como uma conquis-
ta insignificante. Só com união podemos
combater a indiferença com que são
olhadas as nossas conquistas, porque se
o atual primeiro-ministro abriu as portas
da Câmara de Lisboa no ano passado
para receber os vencedores, porque se
o presidente da República ainda na re-
cente visita a Moçambique falou da final
é porque é importante, ganhe quem ga-
nhar. A nossa responsabilidade é jogar
bem e vencer.A equipa B sagrou-se campeã da Se-
gunda Liga, naquela que foi a primeira
vez que uma equipa de formação ven-
ceu uma competição profissional. Mais
importante do que chegar ao fim em
primeiro é verificar que entre os nossos
jovens há matéria em quantidade e em
qualidade para ajudar na primeira equi-
pa. É um trabalho que não se faz de um
dia para o outro, tem avanços e recuos,
requer trabalho e paciência, mas que já
indica a política que estamos a trilhar.
O mesmo está a acontecer na primei-
ra equipa, que vê crescer os jogadores
portugueses e ainda em Vila do Conde
no “onze” inicial estavam cinco jogado-
res portugueses (Rúben Neves, Sérgio
Oliveira, André André, Varela e André
Silva), quatro deles formados no nossoA FINAL DA TAÇA E A FORMAÇÃO
clube, a que há a acrescentar Chidozie,
também ele da nossa formação. Volto,
por isso, a recordar que na nossa última
conquista internacional, em Dublin, em
2011, só jogámos com três portugueses
(Rolando, João Moutinho e Varela), ne-
nhum deles da nossa formação. Não é
por os jogadores serem ou não da for-
mação que se ganha mais ou menos
vezes, mas ter uma base que ajude a
transmitir os nossos valores aos que
vêm de fora acrescentar qualidade é o
nosso caminho.