Dragões - 201608

REVISTA DRAGÕES agosto 2016

Tema

de capa

10

C

omo olha para a nova época? Com
ambição, fome de títulos, vontade
de conseguir resultados diferentes
da época passada?
No plano pessoal estou muito feliz por estar
aqui, com ganas de conseguir muitos objetivos
juntamente com a equipa, que tem vindo a
trabalhar bem. Creio que e stamos todos no
mesmo caminho, para que haja resultados fora
e dentro do campo.

Como classifica o trabalho de pré-época com
o novo treinador? O que foi diferente?
Cada treinador tem a sua ideia de trabalho
e e st ratég i a. Ag rad a- me a for m a como e le
trabalha, estou muito contente. Estamos bem.

Que lhe tem pedido, como extremo? Sabemos
q u e q u e r u m a e q u ip a p re s s i o n a nt e, q u e
de i xe o adve rs á r io de s con for t áve l e q ue
meta gente na zona de finalização. Sente-se
bem com essa ideia?
Um ala deve fazer isso, criar desconforto ao
rival e encontrar o re sultado disso, que são
golos, passes e assistências. Não me adaptei
ainda a 100 por cento, mas vamos passo a
passo. Estamos a conhecer-nos e a pré-época
serviu para isso, para chegarmos da melhor
maneira à Liga.

E s t ã o p ro nt o s p a ra u m i n í c i o d e é p o c a
forte, com o play-off da Champions e três
jornadas da Liga, incluindo um clássico com
o Sporting?
Tudo a seu tempo. Estamos a trabalhar dia a
dia, procurando sempre fazer um pouco mais,
um extra, para chegar da melhor maneira ao
início de época, que será de facto complicado.

Chegou em setembro de 2015, já com a época
oficial em andamento. Sente que este ano
pode fazer melhor?
Penso que sim. Espero consolidar-me bem com
a equipa, acostumar-me a cada companheiro
e ao treinador.

No ano passado ficou a ideia de que se sente
às vezes melhor em zonas mais interiores,
e m e sp a ço s m a i s c u r t o s. É u m a a n á l i s e
correta?
C ad a j ogo é d i fe re nte. Às ve ze s s e nt i a- me

melhor por dento, outras por fora, depende

do trabalho do dia a dia. A mim, agradam-me

as duas coisas.

É um jogador autocrítico?

Uma coisa é fazer autocrítica e outra aceitar o

que fiz bem e mal. Sinto-me bem a fazer isso.

Estou a trabalhar para ser melhor e isso é o

mais importante: que se tenha essa ambição,

aceitar os erros e procurar mudar.

Por falar em bem e mal, numa s essão de

p e rg u nt a s e re sp o st a s n a s re de s s o c i a i s

sublinhou o facto de os adeptos apoiarem a

equipa nos bons e nos maus momentos.

Dei-me conta disso ao longo da última época e

estou impressionado com a forma como veem

o futebol e apoiam o clube. Às vezes há críticas,

o que é normal, é o amor de sempre deles e as

cores que sentem desde crianças. É normal que

reajam assim, compreendo-os, mas no entanto

apoiam sempre. Digo obrigado aos adeptos

pela confiança e vamos tentar devolvê-la.

“Estamos todos no

mesmo caminho”

“O jogo em Arouca

vai ficar para sempre

na minha vida”

A 12 de setembro de 2015, Corona es-

treou-se com a camisola azul e branca e

marcou dois golos. Relembrar o momen-

to fê-lo sorrir de imediato.

A estreia em Arouca foi de sonho, com

dois golos. Recorda bem esse momento?

Sim, claro. Ter-me estreado com dois go-

los vai ficar para sempre na minha vida.

Acabou por marcar oito na Liga e foi o

terceiro melhor marcador do FC Porto,

atrás de Aboubakar e Herrera. Tem o

objetivo de marcar mais este ano?

Claro, queremos sempre melhorar o que

se conseguiu no ano passado, mas guio-

-me pelo melhor para a equipa, que é

ganhar. Se um companheiro estiver em

melhor posição, vou dar-lhe a bola para

que ele faça golo e se ganhe.