REVISTA DRAGÕES dezembro 201623
CHAMPIONS
E
rguido sob os escombros do antigo Delle
Alpi, o Juventus Stadium foi inaugurado
a 8 de setembro de 2011 e custou 122
milhões de euros. É o primeiro estádio
de futebol em Itália propriedade do clube que
nele joga e não é um estádio qualquer: é o mais
moderno do país, construído à imagem de outras
grandes infraestruturas do mundo, mas com um
toque italiano. Tem capacidade para receber
41 mil espectadores, uma configuração mais
fechada e uma maior proximidade das bancadas relativamente ao relvado que favorece um
ambiente de apoio que a equipa não sentia desde que deixou o velho Comunale, em 1990. “O novo
estádio pode valer-nos dez pontos por época”, disse o presidente Andrea Agnelli, na inauguração.
E a verdade é que desde que a arena abriu as portas, a Juve ganhou os cinco campeonatos que disputou.P
ara os mais supersticiosos
está tudo dito: Alex
Sandro falou cedo de mais.
Para o próprio, sobrou um
género perverso de regresso ao
futuro, poucos dias depois de ter
assumido numa entrevista que
“gostaria de defrontar o FC Porto
na final da Liga dos Campeões”. O
sorteio de Nyon fez a vontade ao
lateral brasileiro que já foi Dragão,
mas fê-lo só pela metade, porque o
reencontro ficou marcado para o
Porto, com novo compromisso em
Turim e, em ambos os casos, ainda
longe no tempo e no espaço de
Cardiff, a capital galesa que recebe
a final da Champions a 3 de junho
do próximo ano.Q
uando, a 26 de janeiro de 1991, Alex Sandro
nasceu na cidade de Catanduva, no interior
do estado brasileiro de São Paulo, Rui Barros,
hoje elemento da equipa técnica azul e branca,
era já um pequeno príncipe no Mónaco, depois de ter
jogado no FC Porto e na Juve. Já tinha até erguido uma
Taça Intercontinental, uma Supertaça Europeia e uma
Taça UEFA, entre outros troféus “menores”. Foi, inclusive,
a propósito da transferência das Antas para Turim de
“Il Piccolo” que os Dragões defrontaram um misto da
Juventus e do Torino, com Barros incluído, e inauguraram
o Estádio dos Alpes, construído para o Mundial de 1990. Na
edição de novembro de 1988, a revista oficial da Juventus
sentou-o no trono e coroou como “Sua Humildade”. Ainda
hoje é assim, rei da modéstia e da simplicidade.“Sei que esta
Juventus
é capaz de
defrontar
qualquer
equipa, mas
a este nível
não existem
jogos fáceis.”
Massimiliano Allegri, treinador
da Juventus, no Twitter, depois
do sorteio dos oitavos de final
da Liga dos Campeões