Dragões - 201612

(PepeLegal) #1

O sucessor


de “lendas”


que só quer


continuar


a ganhar


Foi com quatro anos de idade que Nélson


Filipe teve o primeiro contacto com o


hóquei em patins para não mais o largar.


Foi no pavilhão do histórico Académico


do Porto, onde a mãe trabalhava, que


o agora guarda-redes do FC Porto se


iniciou na modalidade em que única


posição que conhece é à baliza.


TEXTO: RUI CESÁRIO SOUSA
FOTOS: ADOPTARFAMA


“M


al aprendi a
patinar fui
logo para a
baliza. Não
sei bem explicar, não sei se era
por ter que se usar mais material
e eu achei engraçado, mas a ver-
dade é que sempre foi a posição
que quis”. Seguiu-se o período
no Vigorosa, clube em que se
estreou com 10 anos, antes de
chegar ao FC Porto, aos 15, para
concluir a etapa de formação.
Foi já como sénior que a “ne-
cessidade de jogar” fez com que
saísse por empréstimo antes de
se estabelecer nos Dragões para
deixar o seu nome na história da
modalidade e do clube.


HÓQUEI
EM PATINS

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REVISTA DRAGÕES dezembro 2016


Como foram os dois primeiros anos
como sénior fora do FC Porto?
Foram anos de muita aprendiza-
gem. Senti que precisava de jogar:
no primeiro joguei na Segunda Di-
visão, no Académico, e foi um ano
em que aprendi muito, e depois
no Famalicense, sobretudo pela
oportunidade de jogar na Primeira
Divisão. Achava que precisava dis-
so naquela altura e foi uma aposta
claramente desportiva da qual não
me arrependo.

O objetivo sempre foi voltar ao FC
Porto para agarrar o lugar?
Sempre procurei subir na carreira
por degraus. No primeiro ano de
sénior joguei na Segunda Divisão,

no segundo na primeira e depois
disso queria subir o patamar para
equipas mais competitivas. Tive a
possibilidade de voltar ao FC Porto,
senti que era bom para mim, que
iria evoluir muito como jogador,
tendo oportunidade de jogar ao
mais alto nível, e não hesitei. Vim
e nunca me arrependi, mesmo es-
tando alguns anos na sombra do
Edo Bosch.

Acabou por entrar numa equipa
que já era pentacampeã nacio-
nal...
Sim. Enquanto júnior cheguei a ir
a alguns treinos e até a alguns jo-
gos no início dessa caminhada do
decacampeonato, mas claro que

nunca imaginava que a história
iria ser tão longa. Depois dos dois
primeiros títulos dessa sequência
há uma fase desta equipa com
grandes referências do hóquei (Tó
Neves, Pedro Alves, Paulo Alves, Fi-
lipe Santos, Reinaldo, Edo Bosch)
em que se verifica uma mudança
com a entrada de jogadores novos.
Há uma nova equipa sobre a qual
se cria a dúvida se vai continuar a
vencer, mas a verdade é que conti-
nuou, felizmente, por muitos anos.

E o que tinha esse grupo de tão
especial?
Em primeiro lugar tinha muita qua-
lidade. Tudo o resto é muito impor-
tante, mas essa equipa tinha muita

NÉLSON FILIPE

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