Dragões - 201612

(PepeLegal) #1

REVISTA DRAGÕES dezembro 2016


HÓQUEI
EM PATINS

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pontos importantes a essas equi-
pas. Nesta fase, o importante é pen-
sar que é preciso chegar às últimas
jornadas em condições de poder
discutir o título e aí acho que a equi-
pa já tem a força e a mentalidade
para o conquistar.


Entretanto chegou um novo
guarda-redes, o Carles Grau. O
que acha dele?
Tem muita qualidade, é internacio-
nal espanhol e está a adaptar-se ao
hóquei português, em que há jogos
com mais golos e as equipas são
menos táticas. De qualquer forma,
para vestir esta camisola é preciso
ter muita qualidade.


Recuemos até 16 de julho de 2016.
Esta data diz-lhe alguma coisa?


Foi um dia muito importante para
mim. Foi a minha primeira com-
petição na seleção de seniores
e o facto de isso ter resultado na
conquista de um Campeonato da
Europa, que já fugia há 18 anos, foi
muito importante para mim e para
o hóquei português. Cada vez te-
mos mais qualidade e acho que
tem faltado estes pequenos pas-
sos para as pessoas terem confian-
ça nelas próprias. É um título que
pode lançar uma geração. Serviu
também para mostrar que o hóquei
está vivo e que tem muito peso e
muita qualidade em Portugal.

O título europeu de clubes é um
sonho realizável?
Depende de muitos fatores. Há mui-
tas equipas com possibilidades de

ganhar a Liga dos Campeões e por
isso acho que temos que olhar para
essa prova passo a passo. Primeiro
é tentar chegar à final four e depois
são dois dias que dependem de
muita coisa: lesões, castigos, ou até
onde vai decorrer. Estarmos muito
focados nesse “mini campeonato”,
que se decide num fim-de-semana,
é reduzir a época a dois dias. A mi-
nha prioridade é o campeonato,
até porque manter o alto nível de
semana a semana garante-nos tam-
bém um bom rendimento na Liga
dos Campeões.

Como analisa o estado da modali-
dade em Portugal? De que forma
os clubes têm contribuído tam-
bém para os bons resultados das
seleções?

É muito importante ter os três
maiores clubes de Portugal
num patamar competitivo
elevado, pois faz com que
haja mais atenção à modali-
dade. Este ano sinto que há
mais envolvência, seja das
pessoas ou da comunicação
social, que faz com que a mo-
dalidade esteja na moda. É
sempre muito bom jogar com
muito público nas bancadas,
seja em casa ou fora, porque
vivemos num país - e penso
que não há nada de mal em
dizê-lo - de futebol. Se o hó-
quei for capaz de conseguir
desviar as pessoas para os
pavilhões, como se tem ve-
rificado, é porque o trabalho
está a ser bem feito.
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