REVISTA DRAGÕES abril 2017
OS IMORTAIS #40
Ao longo de
décadas e décadas,
o comboio levou os
portistas a destinos
de grandes triunfosChegar muito cedo para guardar os
melhores lugares: foi assim em Torres Vedras
no título de Campeão Nacional de 1958/59A curva da afirmação do clube nos anos de 1980 fez emergir o apoio das claques“TANTO PORTO” NO MUSEU
A massa associativa e adepta do FC Porto é um orgulho que se
exibe em todo o percurso da exposição permanente do Museu,
onde está bem documentada a profundidade da paixão dos
portistas pelo clube, nas horas boas, ou nas más. “Tanto Porto”
é uma das áreas temáticas muito específicas que relevam o
património imaterial do emblema: neste ponto, percorrem-
se décadas de paixão e de manifestações de orgulho pelas
conquistas do clube. Décadas e décadas de celebrações
emocionantes nos estádios e receções apoteóticas na cidade
(também) são contempladas aqui.OS PORTISTAS
Em fevereiro de 1950, a Direção do
FC Porto fez lavrar em ata: “Um grupo
de associados deste clube pretende
organizar, sob este título, um grupo
que estará sempre, e em todas as
circunstâncias, ao lado da Direção
do Clube para a auxiliar no que for
necessário”. Foi o nascimento de Os
Portistas, rápidos a instalarem-se
no universo azul e branco, muito
empreendedores, modernos, mas...
efémeros. O grupo funcionou com
regulamento próprio e publicado
no jornal oficial do clube, “O
Porto”. Animou jogos, organizou
excursões, realizou eventos e criou
um programa “A Voz do FC Porto”,
emitido pela Ideal Rádio.
DRAGÕES AZUIS
A primeira claque da era moderna,
emergiu na época de 1983/84, em
plena curva ascendente do FC
Porto sob a presidência de Jorge
Nuno Pinto da Costa. A estreia,
como ficou declarado em páginas
do jornal O Porto, teve lugar na
eliminatória da UEFA frente ao
Aberdeen, que colocaria o clube na
primeira final europeia da história
do emblema – Taça das Taças.
Dinâmicos, motivados, dedicados,
coloriram as assistências dos jogos
do FC Porto, animando através de
cânticos, buzinas e coreografias e
exibiam uma enorme tarja onde se
lia Revigrés – patrocinador oficial do
clube desde 1983.
SUPER DRAGÕES
Completaram 30 anos de atividade
em novembro do ano passado e
são o grupo de adeptos organizado
com maior duração de sempre na
história azul e branca. A presença
dos Super Dragões é indissociável
de todo o caminho percorrido
pelo emblema nas três últimas
décadas e é transversal a todas
as modalidades praticadas no FC
Porto. Esta é a claque que há mais
tempo diz ao clube “Nós somos a tua
voz”, disseminando o orgulho azul
e branco e tripeiro por todo o lado,
em Portugal e no estrangeiro.COLECTIVO ULTRAS 95
Fundado há pouco mais de 21
anos, este é o grupo organizado de
adeptos do FC Porto que, no Dragão,
faz-se ouvir no topo norte do estádio.
A localização é a mesma que a
assumida no desaparecido Estádio
das Antas (e o mesmo acontece com
os Super Dragões, posicionados,
no topo sul) quando os Ultras 95
iniciaram um caminho de dedicação
e apoio ao clube em múltiplas
frentes desportivas. O amor à causa
portista e o futebol foram a essência
do projeto, que rapidamente se
estendeu às restantes modalidades,
atravessando também as fronteiras.