Dragões - 201702-03

(PepeLegal) #1

REVISTA DRAGÕES fevereiro/março 2017


LADO B #34


CÂNDIDO COSTA RECONHECE-LHE


“QUALIDADE” E “MARGEM DE


PROGRESSÃO”
Treinador e comentador do Porto Canal já
trabalhou com André Pereira na Sanjoanense

Quando André Pereira chegou à Sanjoanense, em
2015/16, a equipa era treinada por Ricardo Sousa, antigo
jogador do FC Porto - filho de António, o campeão
europeu de Viena --, que tinha como um dos adjuntos
Cândido Costa, outro Dragão, campeão nacional,
vencedor de uma Taça UEFA e duas Taças de Portugal.
O atual treinador da equipa feminina da Ovarense,
que integra o painel de comentadores do Porto Canal,
detetou-lhe talento durante os cerca de cinco meses
em que o treinou.
“Apesar de ter natural apetência para jogar no centro do
ataque, consegue fazer o corredor do lado esquerdo,
porque tem um bom pé esquerdo”, observa Cândido
Costa. “Além disso, é forte fisicamente, é um jogador
raçudo, que vai a todas, como se costuma dizer. É um
jogador batalhador e trabalhador, fisicamente forte, a
quem reconheço qualidade e margem de progressão.
Nota-se que tem escola”, conclui.

PERFIL


NOME
ANDRÉ FILIPE FERREIRA COELHO PEREIRA
DATA DE NASCIMENTO
5 DE MAIO DE 1995 (21 ANOS)
NATURALIDADE
MATOSINHOS
POSIÇÃO
AVANÇADO
CAMISOLA
95
CLUBES
FC PORTO
VARZIM
SPORTING ESPINHO
SANJOANENSE

profundidade, o que é importante para uma
equipa como a do FC Porto B, que gosta de
ter bola. E também posso dar golos, claro”.
André Pereira chega a esta segunda vida no
FC Porto um jogador naturalmente diferente,
com mais futebol nos pés, com mais mundo
no futebol. No último ano e meio, representou
a Associação Desportiva Sanjoanense,
que disputa o Campeonato de Portugal;
realizou 42 jogos e marcou 13 golos, um dos
quais nesta edição da Taça de Portugal no
jogo diante do Estoril. Antes, jogou uma
temporada no Sporting de Espinho, também
do Campeonato de Portugal. “Aprendi muita
coisa. O Campeonato Nacional de Seniores
é uma realidade completamente diferente,
aprendemos a conviver com dificuldades,


salários em atraso, falta de equipamentos,
falta de condições, com pessoal mais velho,
muito vivido no mundo do futebol. Por
um lado, é mau, por outro, é bom, porque
nos tornamos mais homens e já sabemos
enfrentar as dificuldades que aqui não há”,
reconhece.
As experiências vivenciadas nos escalões
mais baixos tornaram-no “um jogador
mais preparado” para dar o salto para um
campeonato “muito competitivo” como
é o da Ledman LigaPro e para agarrar a
oportunidade interrompida aos 15 anos. “Foi
uma altura muito triste, nunca é fácil sair
deste clube, mas se voltei, é sinal de que as
coisas correram bem. Às vezes, mais vale dar
um passo atrás para dar dois à frente”.

REVISTA DRAGÕES fevereiro/março 2017

BASQUETEBOL #35

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