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IMAGENS: 123RF
PREOCUPAÇÃO
NA MEDIDA
PREOCUPAR-SE NÃO
É ALGO TOTALMENTE
NEGATIVO. ENTENDA
No artigo “4HESURPRISINGUPSIDESOFWORRYv
publicado no periódico Social and Personality
Psychology CompassAPESQUISADORA+ATE3WEENY
comenta achados sobre o lado bom da preocu-
pação – ela gera um comportamento preventivo
e protetor e um senso de planejamento que evita
riscos e insucessos. Isso melhora corpo e mente,
livrando-nos de emoções negativas e situações
indesejáveis, além de melhorar as estratégias de
SOLU¥ÎODEPROBLEMASECONmITOS
Segundo o estudo, a preocupação gera be-
nefícios quando utilizada na medida certa, não
SENDOBENÏlCAQUANDODEMENOSOUEMDEMASIA
Na proporção exata, ela é um motivador compor-
tamental que age positivamente, por três razões,
segundo o artigo:
- A preocupação serve como uma sugestão que a
situação é séria e requer a ação. As pessoas usam
suas emoções como fonte de informação ao fazer
julgamentos e decisões; - Preocupar-se com um estressor faz com que o
mantenhamos sob nosso foco e leva as pessoas
à ação; - O sentimento desagradável de preocupação
motiva as pessoas a encontrar maneiras de redu-
zir a sua preocupação.
Entre os efeitos danosos da preocupação em
excesso estão transtornos como os de ansiedade,
o burnout e a depressão, entre outros.
ARQUIVO PESSOAL
Jussara Goyano é jornalista e coach certificada pelo Instituto
de Psicologia Positiva (IPPC). Atua com foco em performance
e bem-estar. Estudou Medicina Comportamental na Unifesp.
E-mail: [email protected]
REDES SOCIAIS
LIKES E CHAT COM OS AMIGOS MELHORAM
ANSIEDADE E RESULTADOS ACADÊMICOS
Da mesma forma que as redes sociais são campo fértil para haters e dis-
seminação de bullying, é por meio desses canais que o suporte emocional
nos chega em momentos críticos. Um grupo de pesquisadores da Univer-
sidade de Illinois investigou esse suporte on-line e concluiu que, entre estu-
dantes, ele ajuda a reduzir o nervosismo que antecede os testes acadêmicos,
até mesmo entre indivíduos que têm altos níveis de ansiedade registrados
em testes psicológicos. Entre as interações que mais dão resultado estão os
comentários de apoio, likes nas postagens e mensagens privadas de amigos.
Os resultados das provas pelas quais passaram os estudantes apoiados por
seus amigos nas redes também tiveram incremento, segundo os cientistas.
Um exame simulado foi a situação em que voluntários do curso de
Ciências da Computação da universidade foram avaliados. Com o apoio via
redes sociais, estes reduziram seus níveis de ansiedade em até 21% no teste.
O teste em questão foi uma prova aberta, com várias soluções viáveis, em
que os estudantes deveriam executar códigos de programação.
Estima-se que até 41% dos estudantes sofram com esse problema antes
e durante as provas, o que inclui medo de avaliação negativa, baixa auto
estima e um maior número de pensamentos distrativos e irrelevantes em
situações de teste.
O estudo em questão foi publicado no Proceedings of CHI 2017, resul-
tado da Conference on Human Factors in Computing Systems, em Denver, Es-
tados Unidos.