Psique - Edição 135 (2017-05)

(Antfer) #1

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DESENVOLVIMENTO INFANTIL


A aprendizagem está intimamente
ligada a uma boa qualidade de sono.

Lentidão para resolver atividades, sonolência


e alterações de memória podem ser alguns
dos sintomas de que a criança não está

tendo um bom padrão de sono


estar associadas a problemas de ansie-
dade e emocionais ou serem reforça-
das por eles. Há muitas intervenções
terapêuticas para o tratamento desses
distúrbios, e são específicas para cada
caso. Por exemplo, quando a criança
apresenta terror noturno, os episódios
geralmente ocorrem no mesmo horá-
rio, então pode-se adotar uma medida
de prevenção, despertando a criança
antecipadamente ao momento em que
o episódio acontece. Com o tempo, eles
vão desaparecendo.
O importante é que aos primeiros
sintomas observados, de que a criança
possa estar apresentando alguma paras-
sonia, o médico seja avisado para que
os exames específicos sejam realizados


e, após diagnóstico, as terapias sejam
iniciadas a fim de que ela não venha a
desenvolver problemas cognitivos e es-
colares associados a esses transtornos.

M ovimentos rítmicos


A


lgumas crianças têm o sono agi-
tado e chegam a acordar do outro
lado da cama. É necessário observar que
tipos de movimentos a criança está fa-
zendo enquanto dorme e, dependendo
do caso, o sono pode ser monitorado
por uma polissonografia com filmagem,
para que se possa observar todo o ciclo
de sono da criança.
A “síndrome das pernas inquietas”
é um distúrbio sensório motor com as-
pectos neurológicos e pode tornar-se
progressivo. Há crianças e jovens que
sofrem com esse mal, com dificuldades
para dormir, para descansar o corpo,
que, ao contrário, agita-se durante o
período de repouso, principalmente à
noite. Nesses casos, o portador acorda
várias vezes, pode ter dificuldades para
dormir novamente e acorda cansado.
O principal sintoma é o movimen-
to das pernas, sacudindo-as, alongan-
do-as, cruzando-as e até com chutes.
O portador ainda pode sentir fisgadas,
formigamentos, dores, provocando
uma noite maldormida e cansaço no

PARA SABER MAIS


D


istúrbios do sono são muito comuns em crianças com autismo, ocorrendo
em 40 a 80% dos casos. Esses problemas são decorrentes de uma série
de fatores biológicos.
Alguns estudos relacionam esses distúrbios à falta de melatonina. Geralmente,
as crianças autistas dormem pouco, pois demoram para dormir, passam
períodos da noite acordados e despertam cedo. Há, frequentemente, os casos
de nightwalking, ou seja, passeio noturno: a criança fica brincando, falando,
andando pela casa, por cerca de duas a três horas noturnas e, às vezes, até
mais. O tratamento para esse distúrbio do sono pode ser medicamentoso,
inclusive com o uso de melatonina para regular o ciclo biológico, mas sempre
prescrito por um médico. Importante, também, a aplicação do que é conhecida
como “rotina de sono”, minimizando-se os estímulos auditivos e luminosos
na casa durante a noite, juntamente com a retirada de brinquedos ou objetos
estimulantes para a criança. Dependendo do caso, somente com o emprego
dessa rotina de sono consegue-se reduzir o fenômeno nightwalking. É preciso
um trabalho de paciência e bastante persistência.

PROBLEMAS RELACIONADOS
AO SONO SÃO COMUNS NO AUTISMO

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cardiovasculares, interferindo, ainda, no humor
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