Ana Maria - Edição 1185 (2019-07-04)

(Antfer) #1
O que fazem nas férias?
Um dia, a Camila Morgado disse
para o Ary: “Seja o macho da casa,
pega essa mulher e leva para
Paris”. Mas, muitas vezes, a culpa
é minha por não conseguir viajar.
Porém, vamos para Laguna, Santa
Cruz das Palmeiras e Monteiro
Lobato. Neste ano, vou obedecer
a Camila e viajar “pras Europas”
com ele. Prometo!

Alguma curiosidade de
viagens que realizaram?
A gente se diverte viajando.
Os europeus e americanos
não entendem o motivo de o
brasileiro rir tanto quando viaja.
Eles não sabem o que é viver no
Brasil. Uma vez, em Nova York,
na loja Macy’s, vi um frasco de
perfume tão lindo e comecei a
jogar em mim. Aí, o Ary disse:
"Boba, isso é perfume de casa e
não de pessoa”. [risos]

Como são como avós?
Somos presentes desde a
maternidade até nas festas da
escola. O primeiro neto, Luca,
de 12 anos, convive muito com
a gente. Neto é duas vezes filho.
Em minha casa quem educa
somos nós e na casa do meu filho,
Pedro, a educação é deles. Meu
neto gosta muito de desenhar
e sempre compramos lápis de
cor, cadernos e telas. O outro
neto, Matteo, de quase 2 anos,
está começando a andar e adora
tirar as panelas das prateleiras e
brincar na cozinha.

E o filho?
O Pedro, 33, é ator e cineasta. A
minha nora, Suzan Damasceno, 33,
quase minha filha, é uma excelente
atriz, talentosa e engraçada. Ela
tem uma paciência que nunca tive.
É apaixonada por teatro e pelos
filhos, que mima até demais, mais
que eu, e também por animais.

Qual o segredo para um
casamento longevo?
Se é segredo, continuará sendo,
pois nem nós sabemos. Para nós,
que começamos a namorar outro
dia, ainda precisamos usufruir de
mais tempo para descobrir muitas
outras coisas juntos.

O que esperam para o futuro?
Viver e morrer com dignidade.
Ajudar a criar os netos e alguns
agregados. Aprender mais sobre
a vida e trabalhar até morrer.
Aposentar é a morte em vida.
Esperamos do futuro/presente
que o Brasil encontre seu caminho
sem armas, sem violência e sem
agressividade contra as mulheres e
os jovens pardos, negros, brancos
e mestiços da periferia. Nossas
escolas precisam de música, teatro
e livros. Espero que, no futuro, o
povo brasileiro seja mais responsável
ao escolher nossos governantes,
deputados, senadores, vereadores e
não acreditar em fake news.

Faz terapia?
Para mim, lavar louça é
terapêutico. Minha especialidade.
A gente fica mais velha e quer
tudo arrumadinho. Inclusive, os
psicólogos indicam, pois é um
trabalho que tem começo, meio
e fim. Finalizar as coisas é muito
importante. A terapia do Ary é
ler e comprar livros. Nem temos
mais espaço para guardá-los,
mas ele compra para a faculdade
de filosofia que está fazendo.
O trabalho dele, hoje, é ficar
escaneando os negativos dos 47
anos como fotógrafo.

O Ary sempre fotografa as
peças em que você atua?
Ele produz muitas das minhas
peças. Como virginiano detalhista,
meticuloso e exigente, é chato
quando as coisas não funcionam
ou não são como quer. Honesto
no trato com o dinheiro dos
outros. E, claro, fotografa minhas
peças. Dou ideias ao Ary sobre
textos que ele pode escrever e ele
indica peças que devo fazer, mas
é sempre com minha nora Suzan
Damasceno. Antes ele queria me
ver no palco com Bete Coelho,
mas desistiu. Agora está fixado
em fazer uma peça com a Suzan.
Coisas de marido produtor...

REPRODUÇÃO INSTAGRAM

Com o filho único da
união com Ary, o ator e
produtor Pedro Brandi Da esq. para a dir.: Ana Gasque, Rosi, Tadeu
Di Pietro e a nora, Suzan Damasceno, em peça
que reviveu a Bruxa Morgana, em 2012


Rosi com os dois netos,
Luca, de 12 anos, e o caçula
da família, Matteo, de 2 anos

REPRODUÇÃO INSTAGRAM

ARY BRANDI/DIVULGAÇÃO

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