Dossiê Superinteressante - Edição 404-A (2019-07)

(Antfer) #1
teve de parar os abalhos e criar algo mais simples:
a Voskhod (Nascente), nave capaz de – forçando a
barra – levar ês pessoas. Seu primeiro voo foi em
12 de oubro de 1964, com Vladimir Komarov, Boris
Yegorov e Konstann Feokskov. A missão durou um
dia e colocou a União Soviéca de novo na dianteira.
Não bastasse isso, menos de seis meses depois, a
missão Voskhod 2 realizaria a primeira caminhada
espacial da história. Foi em 18 de março de 1965. O
cosmonauta Alexei Leonov passou 12 minutos fora
da nave, protegido só por seu aje espacial, enquanto
seu colega Pavel Belyayev o esperava do lado de den-
o. Os soviécos venderam o feito como mais um
sucesso, mas a história real foi puro drama e perigo.
No espaço, o aje de Leonov inflou demais e ele
mal conseguia se mover. Sofreu para voltar à nave.
Depois, o sistema automáco de pouso falhou, e os
cosmonautas só conseguiram acioná-lo na órbita se-
guinte, descendo numa floresta gélida e remota. Os
dois passaram a noite espantando lobos, até serem
resgatados. Segundo e úlmo voo da Voskhod.
Cinco dias depois, em 23 de março de 1965, a Nasa
lançaria o primeiro voo ipulado do Projeto Gemini.
A bordo da Gemini 3, os asonautas Virgil “Gus”
Grissom e John Young deram ês voltas ao redor da
Terra. Dali para a frente, os americanos finalmente
começariam a tomar a dianteira na corrida para a Lua.
Na Gemini 4, em 3 de junho de 1965, Edward White
II faria a primeira caminhada espacial americana. E,
numa sequência de voos em rápida sucessão, a Nasa foi
matando vários desafios para a fura viagem lunar.
As naves Gemini 6 e 7 fizeram um encono no espaço,
e a Gemini 8 realizou a primeira acoplagem espacial
da história, ao se conectar a um propulsor Agena.
A missão, conduzida em 16 de março de 1966,
nha como comandante um tal de Neil Armsong,
e sua perícia como piloto foi essencial. Logo após
a acoplagem, um propulsor lateral avou avado e
começou a rotacionar a cápsula, que chegou a girar
a uma revolução por segundo. Armsong teve de
usar o sistema de retorno para recuperar o conole
antes que ele e seu colega David Scott desmaiassem,
e aí não houve oua escolha senão abortar a missão.
Voos subsequentes fizeram acoplagens anquilas
e, na Gemini 11, Charles “Pete” Conrad Jr. e Richard
Gordon Jr. usaram o Agena para elevar a nave a uma
alde de 1.374 km, cruzando um dos cinrões de
radiação gerados pelo campo magnéco terrese e
mosando que os asonautas não teriam proble-
mas em cruzá-los, a caminho da Lua. Isso era uma
incógnita e uma preocupação na época (temia-se pela
saúde dos ipulantes). O programa foi encerrado com
a Gemini 12, num voo iniciado em 11 de novembro
de 1966. Nele, a Nasa descobriu o seu mais hábil
“caminhante espacial”: Edwin “Buzz” Aldrin.

teste de equipamentos desnados às
caminhadas espaciais e a realização de
manobras orbitais sofiscadas.
Para atender a essas demandas, ainda
em 1961, a agência americana decidiu
criar um projeto intermediário, Gemini
(Gêmeos), usando os foguetes Titan II
e uma cápsula para dois ipulantes.
A União Soviéca estava surfando na
onda espacial, e não havia qualquer in-
tenção de deixar os americanos saltarem
adiante. Por isso, o líder soviéco Nikita
Kruschev requisitou que o projesta-
chefe Sergei Korolev criasse uma nave
com capacidade para mais de um cos-
monauta e a lançasse antes da Gemini.
Para Korolev, era um passo aás. Ele já
estava abalhando num modelo mais
sofiscado, a famosa Soyuz, cápsula que
até hoje ansporta gente ao espaço. Só
que ela não ficaria pronta a tempo de
bater a Gemini, de forma que Korolev



  1. Alexei Leonov
    em caminhada
    espacial, numa
    pintura de
    sua autoria.

  2. Ed White, que
    realizou a primeira
    caminhada
    americana.


VOANDO A


CADA DOIS


OU TRÊS


MESES, AS


MISSÕES


GEMINI


AJUDARAM


OS EUA A


TOMAR A


DIANTEIRA


NA CORRIDA


ESPACIAL.


DOSSIÊ SUPER 13

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