Os planos previam os primeiros voos-teste para 1966,
e as missões reais de órbita e pouso aconteceriam
ene 1967 e 1968.
Hoje, até os especialistas russos concordam que o
plano soviéco era cheio de falhas e muito arriscado.
Mas até 1965 ninguém – deno ou fora da União So-
viéca – pensava assim. A ideia por ás do programa
era apenas chegar lá primeiro, não chegar lá melhor,
então qualquer esforço – e risco – estava valendo.
Afinal, os soviécos permaneciam invictos na cor-
rida espacial, não tendo perdido um único marco
importante para os americanos.
As coisas só foram se complicar mesmo no fim
de 1965, quando Korolev teve diagnoscado um cân-
cer de cólon. Foi internado, atado e operado. Em
janeiro de 1966, morreu sem ver um único teste de
suas criações lunares.
O programa do foguete N-1 connuava em de-
senvolvimento, mas os avanços eram lentos. Já o L-
estava bem adiantado e diversos protópos chegaram
a ser lançados. O mais inigante deles, em setembro
de 1968, promoveu a primeira visita às cercanias da
Lua por habitantes da Terra – só que eram tartaru-
gas, moscas, bactérias, sementes e plantas. Detalhe:
elas voltaram à Terra em segurança, pavimentando o
caminho para um furo voo circunlunar ipulado.
Provavelmente teria acontecido se os americanos
não vessem se antecipado e lançado a Apollo 8 na
direção da Lua, em dezembro daquele ano (leia mais
na pág. 24). Depois disso, só um pouso lunar ipu-
lado poderia servir aos soviécos, e eles decidiram
concenar os esforços no N-1.
A corrida enava em seu momento decisivo. No
início de 1969, o gigante N-1 finalmente estava pronto
para um voo-teste. Às 9h18 da manhã do dia 21 de
fevereiro, o foguete se desprendeu da base e subiu,
deixando aás de si uma elipse de fumaça branca. O
sonho durou 68,7 segundos, até que vibrações anô-
malas e um incêndio fizeram o comando abortar a
missão e explodir o N-1, a 30 quilômeos de alde.
Uma segunda tentativa ainda seria conduzida
em 3 de julho daquele ano, mas os resultados não
foram muito diferentes. Depois de 50 segundos de
voo, o enorme N-1 ficou fora de conole e teve de
ser desuído no ar.
Apenas 13 dias depois, para do Ceno Espacial
Kennedy, na Flórida, a missão americana Apollo 11.
Em 20 de julho, Neil Armsong e Edwin “Buzz”
Aldrin fincariam a bandeira americana na superfície
lunar, marcando a definiva virada dos Estados Uni-
dos na corrida espacial (leia mais sobre ela na pág. 30).
O N-1 ainda teve dois voos de teste, em 1971 e 1972,
ambos fracassados, antes de o programa ser suspenso
pelos soviécos em 1974 e cancelado sumariamente,
de forma melancólica, dois anos depois.
capaz de impulsionar veículos ipu-
lados à órbita lunar, era uma espécie
de Sarn V russo. Já sob a designação
L, havia ês veículos-base, L-1, L-2 e
L-3. O L-1 era uma nave ipulada que
apenas contornaria a Lua, enquanto as
séries L-2 e L-3 seriam usadas para co-
locar cosmonautas na Lua. Tanto o L-
quanto o L-2 eram versões adaptadas
do projeto básico da Soyuz, espaçonave
desenvolvida por Korolev para opera-
ções orbitais que até hoje segue em uso.
As cápsulas do po L-1 eram versões
ligeiramente encolhidas da Soyuz, que
podiam ser lançadas para a Lua com
foguetes já disponíveis na União Sovi-
éca desde 1964, como o Proton. Mas
as naves L-2 e L-3 precisariam esperar
pelo desenvolvimento do gigante N-1.
A L-2 era uma espécie de Soyuz
vitaminada, capaz de ansportar dois
cosmonautas até a órbita lunar, fazendo
as vezes da cápsula Apollo americana. E
o L-3 era um módulo de pouso com ca-
pacidade para apenas um cosmonauta,
que teria de descer sozinho até a Lua.
L- 3
1970 - 1971
Módulo lunar soviético com capacidade
para um único cosmonauta, ele chegou
a ser testado numa órbita terrestre baixa
em quatro lançamentos não tripulados.
LIMITADO,
O MÓDULO
LUNAR
SOVIÉTICO
L-3 TINHA
UM TERÇO
DA MASSA
DE SEU
EQUIVALENTE
AMERICANO.
DOSSIÊ SUPER 17
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