Dossiê Superinteressante - Edição 404-A (2019-07)

(Antfer) #1
O ÚLTIMO VOO do projeto Gemini foi concluído em
novembro de 1966 e a Nasa estava pronta para iniciar
as missões Apollo. Ou, pelo menos, ela achava que
estava. O resultado foi a maior agédia do programa,
e a morte de ês ipulantes – sem que eles sequer
deixassem o chão. A dura lição aprendida pela agên-
cia espacial americana foi que a pressa é inimiga do
asonauta.
Ene fevereiro e agosto de 1966, foram realizados
dois voos de teste (AS-201 e AS-202), suborbitais e
sem ipulação, com módulos de comando e serviço
Apollo. Um terceiro voo (AS-203), sem uma cápsula
de verdade a bordo, em julho daquele ano, ajudou
a qualificar o foguete Sarn IB (versão precursora
do Sarn V, “modesta", desnada apenas a voos em
órbita terrese), e os gerentes do programa senram
confiança em agendar o primeiro voo ipulado, AS-
204, para 21 de fevereiro de 1967.
Foram escalados para a missão Virgil “Gus" Gris-
som, que já havia voado na Mercury e na Gemini,
Edward H. White II, responsável pela primeira ca-
minhada espacial americana na Gemini, e o novato
Roger B. Chaffee. No programa, era cosmeiro os
asonautas acompanharem a manufara de suas
espaçonaves, e nesse caso não foi diferente. O io che-
gou a manifestar sua preocupação com a quandade
de material inflamável deno da cápsula, principal-
mente náilon e velcro, num veículo a ser pressurizado
com oxigênio puro, potencializando incêndios.
Abandonando a anpáca sigla AS-204, a ipula-
ção estava atando o voo como Apollo 1, e um ensaio
para o lançamento estava marcado para 27 de janeiro
de 1967. O chamado teste “plugs-out" consisa em
preparar a nave para lançamento, com os ipulantes
deno, desconectar a nave dos sistemas de conole
de solo e simular a contagem regressiva. O teste não
era considerado perigoso, uma vez que nem o foguete,
nem a cápsula seriam abastecidos com combustível.
Ainda assim, as coisas não iam bem. A comunica-
ção ene a ipulação e o ceno de conole estava
falhando, o que fez Grissom dizer: “Como vamos
chegar à Lua se não conseguimos conversar ene
dois ou ês prédios?"
Às 18h31 (hora local), uma faísca gerada por um
fio desencapado deno da cápsula iniciou um in-
cêndio. A cápsula só podia ser aberta por fora, num
procedimento lento. A atmosfera de oxigênio sob alta
pressão fez o fogo se alasar a enorme velocidade. Do
primeiro grito de incêndio por Grissom à rupra da
parede interna do módulo de comando, gerada pelo
súbito aumento da pressão, se passaram 15 segundos.
Os asonautas pararam de gritar um pouco antes,
mortos por asfixia antes de serem carbonizados.
O Projeto Apollo só iria realizar seu primeiro voo
ipulado dali a 20 meses, em 11 de oubro de 1968. Fotos: divulgação/NASA

A chamuscada
cápsula da
Apollo 1, após
o incêndio que
vitimou sua
tripulação.


Apollo


1


O desastre que quase colocou
ponto final ao sonho de ir à Lua.

Não chegou
a decolar.

Não. Um
incêndio no
interior da
cápsula durante
um teste em
solo matou a
tripulação.

EMBLEMA

DURAÇÃO

TRIPULANTES

DEU CERTO?

Virgil I. Grissom
Edward White II
Roger B. Chaffee

APOLLO


Grupo Unico PDF Passe@diante

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