Dossiê Superinteressante - Edição 404-A (2019-07)

(Antfer) #1

palavras de Armsong: “Houston, Base
Tranquilidade aqui... o Eagle pousou.”
Às 16h17 (hora da Flórida) do dia 20
de julho, com o pouso bem-sucedido,
começava um período de avidades de
pouco mais de 21 horas em solo lunar –
mas, claro, de todo esse tempo, a maior
parte gasta deno do módulo mesmo.
Pouco depois do pouso, os asonau-
tas nham um período de descanso
agendado, mas preferiram pular e ini-
ciar imediatamente os procedimentos
para a primeira caminhada sobre a Lua.
Duas horas e meia após a descida, Buzz
Aldrin realizou uma comunhão – a pri-
meira cerimônia religiosa em solo lunar.
Presbiteriano, o asonauta solicitou ao
pastor de sua igreja um kit com cálice
e hósa, mas realizou o ato de forma
privada. Isso porque a Nasa ainda estava
enfrentando um processo judicial por
supostamente fazer apologia religiosa
com a leira do Gênesis na Apollo 8.
Pouco mais de quao horas após a
alunissagem, Neil Armsong estava
pronto para iniciar a saída do módu-
lo Eagle rumo à superfície da Lua. Às
22h39 (na Flórida), o asonauta abriu
a escolha e vagarosamente iniciou a
descida da escada à superfície. Dezes-
sete minutos depois, colocou sua bota
esquerda sobre o solo lunar. “Um pe-
queno passo para um homem, um salto
gigantesco para a humanidade.”
Transmida pela televisão, graças a
uma câmera instalada no próprio módu-
lo lunar que Armsong avou ao des-
cer a escada, a imagem fantasmagórica
em preto e branco do primeiro homem
na Lua foi vista ao vivo por cerca de
530 milhões de pessoas no mundo todo,
batendo o recorde da ansmissão da
Apollo 8 na véspera de Natal de 1968.
Na superfície lunar, os asonautas
tinham como principal missão me-
ramente sobreviver. Dados os riscos
envolvidos na primeira tentativa de
pouso, o planejamento de experimentos
na superfície da Lua para a Apollo 11
foi bem limitado. De saída, Armsong
teria de simplesmente reportar o que
estava vendo ao redor, avaliar o estado
do módulo lunar e colher uma “amosa
de conngência” – um punhado de pó,
uma pedrinha ou oua, para azer de


volta caso uma emergência obrigasse
a uma decolagem rápida.
Cerca de 20 minutos depois, Aldrin
se juntou a Armsong na superfície.
Eles colheram amosas e instalaram
um pacote de experimentos em solo,
contendo poucos insumentos: um sis-
mógrafo que ansmiria dados à Terra,
um coletor de partículas de vento solar,
azido de volta com eles, e um reor-
refletor projetado para rebater pulsos de
laser e permir uma medição precisa
da distância ene a Terra e a Lua.
Durante os abalhos, Armsong e
Aldrin fincaram a bandeira americana
no solo lunar e receberam um telefone-
ma do presidente Richard Nixon.
Além dos insumentos científicos,
eles deixariam na Lua também meda-
lhas em homenagem aos asonautas
e cosmonautas que deram suas vidas
pela conquista da Lua. Também foram
levadas mensagens de boa-fé de 73 lí-
deres mundiais e um broche com um
ramo de oliveira, um símbolo de paz.

buzz aldrin
PILOTO DO MÓDULO LUNAR

1930 -
Nascido em Nova Jersey, Edwin Eugene Aldrin Jr. se
formou na Academia Militar de West Point em 1951, como
engenheiro mecânico. Na Força Aérea, realizou 66 missões
de combate durante a Guerra da Coreia. Entre 1959 e 1963,
fez doutorado em astronáutica pelo Instituto de Tecnologia
de Massachusetts, na esperança de virar astronauta. Seu
apelido favorito sempre foi “Buzz”, modo como a irmã mais
nova o chamava. Hoje, seu nome é oficialmente Buzz Aldrin.

OS


PRIMEIROS


PASSOS DO


HOMEM NA


LUA FORAM


VISTOS AO


VIVO POR


CERCA DE


530 MILHÕES


DE PESSOAS


EM TODO O


MUNDO.


Fotos: divulgação/NASA

APOLLO


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