o espaço. O pouso na Lua teve de ser
abortado, e a missão deixou de ser ci-
ência para virar sobrevivência.
A decisão foi desativar o Odys-
sey, preservando a pouca eleicidade
que nha para a fura reenada na
atmosfera, usando o módulo lunar
Aquarius como um bote salva-vidas.
Originalmente projetado para abrigar
dois asonautas durante o pouso na
Lua, ele passou a ser ocupado por ês,
que veram de racionar eleicidade,
oxigênio e água. As temperaras em
seu interior chegaram a ficar tão baixas
quanto 4 °C, e a ipulação ainda foi
obrigada a improvisar um sistema para
literalmente encaixar um quadrado num
círculo, já que os suprimentos de hidró-
xido de lío usados para rar o dióxido
de carbono da cabine do módulo lunar
eram insuficientes para a viagem toda, e
os do módulo de comando vinham em
invólucros num formato diferente do
que se encaixava na oua nave.
Usando o motor de descida do Aqua-
rius, a Apollo 13 foi colocada numa a-
jetória de retorno livre – ela passaria
por ás da Lua e voltaria à Terra, para
uma reenada no Oceano Pacífico. Ao
passar cerca de 140 km mais distantes
da superfície lunar do que uma órbita
típica de uma missão de pouso, e ainda
perto do ponto em que a Lua estava
mais afastada da Terra, a Apollo 13 foi
a nave ipulada que até hoje voou mais
longe do nosso planeta, 400.171 km. (Na
Apollo 10, os asonautas chegaram a
ficar mais longe que isso de Houston,
por conta da rotação da Terra, mas
nunca esveram tão afastados assim
do próprio planeta.)
Após dias de apreensão e abalho
duro, o módulo de comando se separou
do módulo de serviço avariado para o
retorno. Os asonautas fotografaram
os danos causados pela explosão, pouco
antes de reenarem na atmosfera. Os
paraquedas funcionaram e a cápsula
desceu no Pacífico em 17 de abril de
- Poderia ter sido uma grande a-
gédia. Mas acabou sendo um grande
iunfo. A Apollo 13 retornava sã e salva
da mais perigosa viagem já realizada
até a Lua.
Fotos: divulgação/NASA
De 11 a 17 de
abril de 1970.
Não. Uma explosão
na ida à Lua impediu
o pouso e quase
matou a tripulação.
EMBLEMA
DURAÇÃO
TRIPULANTES
DEU CERTO?
James A. Lovell Jr.
John L. 'Jack' Swigert
Fred W. Haise Jr.
Sciena” (“da Lua, conhecimento”, em lam).
Foram escalados James A. Lovell, em seu quarto
e úlmo voo, e dois novatos, T. Kenneth Matngly
II e Fred W. Haise Jr. Apenas ês dias antes da de-
colagem, Matngly foi diagnoscado com suspeita
de rubéola e sacado da ipulação. Voaria o reserva
para a posição, John L. “Jack" Swigert.
O voo paru em 11 de abril de 1970, numa decola-
gem sem problemas, e os dois primeiros dias foram de
absoluta anquilidade. O conole da missão estava
francamente entediado. As viagens à Lua começavam
a virar rona, e o público já não dava mais tanta
atenção – as ansmissões feitas pelos asonautas a
caminho da Lua nem iam mais ao ar ao vivo na tele-
visão. Pouco depois de uma delas, no terceiro dia de
viagem, a 322 mil km da Terra, a ipulação executava
um procedimento de rona nos tanques do módulo de
serviço quando se ouviu um estampido forte, seguido
por uma explosão. Uma falha grave de equipamento
havia acontecido. Swigert foi o primeiro a mandar
no rádio um “Ok, Houston, vemos um problema
aqui", que o capcom (responsável pela comunicação
no ceno de conole) teve de pedir para reper.
Era mesmo um problemão. O módulo de comando
e serviço Odyssey estava pracamente inulizado,
depois de perder todo o oxigênio de reserva para
DOSSIÊ SUPER 39
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