Dossiê Superinteressante - Edição 404-A (2019-07)

(Antfer) #1
Foi a segunda missão de po J, com mais tempo em
solo lunar e insumentos avançados no módulo de
serviço. Originalmente, era para ter sido em março,
mas uma série de problemas técnicos obrigaram a
Nasa a adiá-la. Era a primeira vez que isso acontecia
numa missão Apollo a caminho da Lua, mosando
que, vencida a corrida espacial, os gerentes da Nasa
estavam ficando cada vez mais cautelosos – um aci-
dente é sempre ruim, mas o gosto seria mais amargo
ainda se uma agédia marcasse o fim do programa,
ansformando todo o esforço numa vitória de Pirro.
A chegada à órbita da Lua se deu no dia 19, e no
dia 21, após um aaso de seis horas para lidar com
problemas técnicos, o módulo lunar pousou. Com isso,
Charles Duke se tornou o mais jovem caminhante
lunar, então com 36 anos.
O jipe lunar, LRV, mais uma vez deu mobilidade
exa aos inépidos exploradores, que puderam per-
correr com ele 26,7 km ao longo de ês dias, com
direito a um “grand prix” de John Young fazendo um
circuito com o veículo diante das câmeras.
No primeiro dia, os dois desceram e testaram o
rover, instalaram insumentos científicos e coleta-
ram amosas. Um dos experimentos, de medição
de fluxo de calor no interior da Lua, pifou depois
que Young opeçou nos cabos. Em compensação, os
asonautas veram o privilégio de operar o primei-
ro telescópio na Lua. Era um especógrafo/câmera
de ulavioleta – luz que é fortemente filada pela
atmosfera da Terra, mas pode ser observada da Lua.
O disposivo foi instalado à sombra do Orion, e os
asonautas nham de apontá-lo manualmente para
fazer as imagens, regisadas em um carcho de filme
que foi recolhido e azido de volta à Terra.
As duas ouas caminhadas lunares foram dedica-
das à visita de alvos geológicos e à coleta de amosas.
E pelas imagens os cienstas já podiam sugerir o
que a análise das rochas confirmaria mais tarde – a
origem de Descartes não é vulcânica como se pensava.
Foram ao todo 71 horas na superfície lunar, das
quais 20 horas e 14 minutos em caminhadas fora da
nave. Na volta à órbita, os asonautas ainda passaram
mais um dia girando ao redor da Lua, para concluir as
observações feitas com o módulo de serviço, antes de
tomar o caminho de volta para a Terra. Curiosamente,
após as observações, Ken Matngly teve de fazer uma
caminhada espacial para fora da nave para recolher
os filmes dos insumentos e azê-los de volta para
revelação. O mesmo procedimento havia sido feito na
Apollo 15 e voltaria a se reper na Apollo 17.
Os asonautas pousaram no Pacífico no dia 27 de
abril de 1972 e não precisaram passar por quarentena
após o retorno. O procedimento havia sido abandona-
do após a Apollo 14, ponto em que todos já estavam
convencidos de que a Lua era totalmente estéril.

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DOSSIÊ SUPER 45

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