Viajar pelo Mundo - Edição 120 (2019-07)

(Antfer) #1
MARROCOS

104 VIAJAR pelo Mundo


S


ão 200 quilômetros entre Che-
fchaouen e a cidade de Meknès.
Mas antes de chegar, uma interes-
sante parada é testemunha da presen-
ça do Império Romano no Marrocos há
mais de 2 mil anos. São as ruínas de Vo-
lubilis, cidade que nasceu sob os cuida-
dos dos fenícios e floresceu com os ro-
manos a partir do século 1º a.C. Hoje
o sítio arqueológico, tombado como Pa-
trimônio da Humanidade, é aberto pa-
ra visitantes (ingresso: 70 dhs), que po-
dem ver estruturas preservadas como
casas enfeitadas com mosaicos, termas,
templos, arco do triunfo e basílica (sede
do governo e tribunal).
A parada seguinte revela o lugar mais
sagrado para os muçulmanos no Marro-
cos: a pequena cidade de Moulay Idriss,
encarapitada no alto de colinas. É onde
está sepultado o fundador da pri-
meira dinastia árabe do
país, no século 8º, bis-
neto do profeta Maomé.

Seu mausoléu não pode ser visitado por
turistas, mas milhares de muçulmanos pe-
regrinam até o local uma vez por ano – di-
zem que cinco dessas visitas correspon-
dem a uma peregrinação até Meca.
Não muito longe dali, a 30 quilôme-
tros, está Meknès, outra das cidades im-
periais do Marrocos – foi capital por me-
nos de cem anos entre os séculos 17 e
18, fundada pelo sultão mais megaloma-
níaco e cruel da história do reino. Seu
mausoléu, aliás, é uma das atrações na
cidade. Desse período restam as constru-
ções suntuosas que renderam a Meknès
o título de Versalhes marroquina. São 40
quilômetros de muralhas protegendo a
medina, acessada por mais de 20 portões.
Nenhum é mais impressionante que o de
Bab Mansour, o mais bem preservado do
país. A visita por ali é rápida e passa tam-
bém pelos estábulos reais (Hari Souani),
onde viveram mais de 12 mil cavalos na
época de capital, e pelo reservatório de
água que abastecia a cidade então.

[ NO CAMINHO]

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PORTÃO DE BAB
MANSOUR, MEKNÈS

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