Melhor - Gestão de Pessoas - Edição 378 (2019-06)

48 REVISTA MELHOR

permanente, aproveitando o gancho da opinião de Ri-
cardo De Marchi.
Sócio da CPH – Centro de Performance Humana, De
Marchi propõe para as empresas a criação de um progra-
ma permanente de gestão pessoal de saúde, de educação,
para criar uma cultura, de fato, orientada para a saúde.
“Educação é fundamental. Se temos uma população edu-
cada ou preparada em algum tipo de conceito ou habili-
dade, é ponto para o capital humano. A empresa forma e
prepara pessoas para a área comercial, administrativa, e
por que não para a gestão pessoal de saúde?”, questiona.
Se a questão é custos maiores em uma área que já possui
valores elevados, uma saída é ter como origem desse inves-
timento a área de treinamento. O importante é ser algo não
pontual, mas em processo sempre.

E o PAPEL do LÍdEr?

A gestão da saúde corporativa, para Claudia, do Co-
ppead/UFRJ, transcende o âmbito do RH e deve permear
toda a organização, estando presente na confi guração dos
cargos, jornadas de trabalho, metas estabelecidas, forma
de remuneração, clima organizacional, relações internas,
comunicação clara, entre outros fatores “que afetam a con-
fi ança na organização e o prazer em trabalhar nela, afetan-
do, em consequência, o bem-estar físico, mental e emocio-
nal dos funcionários”. E o líder tem um papel importante
nesse sentido. Lideranças tóxicas podem contaminar todo
um setor e comprometer os resultados de uma equipe e
até da empresa. “E por sinal, a questão da saúde mental
é um grande problema atualmente. Muitas vezes, mais
silencioso do que doenças físicas, os transtornos emocio-
nais e mentais, como a depressão, têm afetado um número
crescente de pessoas, que não estão aguentando a pressão
diária imposta pelas organizações e todas as demandas da
vida cotidiana”, diz Claudia.
Na Bridgestone, os líderes têm um importante papel
para a criação e manutenção de um ambiente saudável.
“O conceito básico de qualquer programa de promoção
à saúde passa inicialmente pelo engajamento da lideran-
ça”, reforça Lucila. “Aqui, os gestores são constantemente
envolvidos na discussão sobre o assunto, bem como são
incentivados a reforçar a importância do tema junto às
suas equipes.” E são esses líderes que reforçam o papel
humano em meio a tanta tecnologia quando o assunto é
cuidar e gerir a saúde.

“Quanto mais sofi sticada for a tecnologia, maior vai ser

a necessidade do contato humano”, diz Cesar Souza, em

meio a um pequeno pote com salada de frutas. Na medi-

ção antes de tomar o café da manhã, ele percebeu que a

glicemia estava baixa, o que permitiu incrementar mais o

desjejum. Com o aplicativo mencionado no início desta

matéria, ele tem um acompanhamento melhor de sua saú-

de, à mesa e fora dela: por exemplo, se, ao acordar, o índice

de glicemia estiver alto, ele faz um período de exercício na

esteira até a taxa fi car no patamar ideal; o mesmo à noi-

te, pois, se antes de dormir ainda estiver elevada, mais um

pouco de caminhada...

A tecnologia o ajuda em várias frentes, mas não exclui

o contato com o médico. O lado humano na gestão e cui-

dado com a saúde é “o elemento central”, diz Claudia,

pois está ligado com o engajamento com a saúde. “E sem

esse engajamento e a vontade das pessoas, não é possível

lograr êxito nesse assunto. Não é sufi ciente as pessoas sa-

berem o que devem fazer, como agir, o que comer e o que

não fazer; também não é sufi ciente terem acesso às mais

novas tecnologias que as ajudem a melhorar e monitorar

sua saúde. Elas precisam ter condições – fi nanceiras, de

tempo, emocionais etc. – de colocar em prática o que sa-

bem que deve ser feito e, principalmente, precisam querer

mudar. Portanto, é o elemento humano, suas vontades e

desejos, que dita as regras quando se fala em saúde”, diz.

Veja MaiS

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ƍpor que o futuro do benefício saúde está

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de Fabiana Salles, fundadora da Gesto.

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ƍe as 5 dicas práticas para diminuir o custo

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Carvalho, fundador da HealthCO. Entre elas

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