NATUREZA || NATUREZA || ̪̭̪̭Outra boa pedida é o oncídio-sharry-
baby (Oncidium Sharry Baby ‘Red
Fantasy’) (2), cujo cheiro de chocolate
é marcante sem ser enjoativo. Menos
discreto é o tom de rosa-choque que
tinge as pétalas e sépalas das flores, que
despontam especialmente no inverno.
Diego Demarco, professor doutor
no Departamento de Botânica do Instituto
de Biociências da Universidade de São
Paulo (USP), explica que, em
orquídeas e outras plantas,
a produção do perfume fica
a cargo dos osmóforos –
glândulas de nome esquisito
de onde são liberados os óleos
que se transformam em cheiro.
No caso do oncídio-twinkle
(Oncidium Twinkle) (3) –
cujas hastes florais dão vida
a numerosas flores brancas,
róseas, vermelhas e amarelas
nos meses mais frios do ano –
o aroma se assemelha ao
da baunilha.
Para quem gosta dos
perfumes cítricos, por sua vez, não
há opção melhor que a rincostílis-
gigante (Rhynchostylis gigantea) (4).
Ao longo de uma haste de até 40 cm
de comprimento, a florada aromática da
orquídea mistura branco com manchas lilás
e enfeita os ambientes no verão.
FRAGRÂNCIA INTERNACIONAL
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comum, e a catleia (Cattleya labiata) (5) não é exceção. Originária de
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que exalam um aroma intenso e adocicado que lembra muito o do
célebre perfume Chanel no 5.
O óleo essencial usado na fabricação da fragrância, no entanto,
não vem dessa orquídea e sim de uma árvore da Amazônia brasileira:
o pau-rosa (Aniba rosaeodora). A espécie foi tão explorada pela
indústria perfumista – seu óleo essencial entra na receita de vários
outros perfumes além do Chanel no 5 – que, em 1992, acabou sendo
incluída na lista das plantas em risco de extinção. O Ibama chegou
até a proibir o corte e a extração do pau-rosa, mas algumas empresas
conseguiram na justiça a autorização para continuar explorando a
espécie e fazem isso até hoje.
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