Natureza - Edição 378 (2019-07)

̫̮ || NATUREZA

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Folhagens

AROMÁTICAS

Chega a ser irônico que o aroma refrescante

da folhagem da hortelã (Mentha spicata) (1) seja

considerado um dos maiores atrativos da planta: na

Natureza, o cheirinho serve justamente para afastar

herbívoros possivelmente interessados em devorar a espécie,

conforme explica Diego Demarco, da USP.

“Esse perfume de proteção pode ser produzido por muitas

glândulas diferentes, mas, nos casos mais comuns, das ervas e temperos

usados na culinária, ele é produzido em tricomas – como se fossem pelos –

que ficam na superfície da folha”, diz o especialista.

Explicações botânicas à parte, o certo é que o sistema foliar da hortelã – que

cresce até 45 cm de altura – chama atenção dos jardinistas não somente pelo aroma

como pelo porte volumoso, que torna a espécie bastante ornamental. O mesmo vale

para a arruda (Ruta graveolens) (2) – cujo cheiro intenso é tido ainda como um escudo

contra o mau-olhado. Pelo sim e pelo não, o formato globoso e compacto da planta a

torna ideal para o cultivo em vasos, jardineiras ou como bordadura.

Já a sálvia-do-Texas (Salvia greggii ‘Lipstick’) (3), que também sobressai pelo intenso

aroma mentolado da folhagem, conta com o plus da florada avermelhada, que se

estende da primavera até o verão. Com 60 cm de altura, a planta vale para o cultivo

individual em vasos ou para a composição de canteiros mistos em jardins ensolarados.

Além das folhas

aromáticas, a

arruda e a sálvia-

do-Texas têm em

comum o fato de

se desenvolverem

muito bem

em vasos

Shutterstock

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