PARTE It A Civilização Egípcia
Ficou com base de 105 metros e altura de 65,5 metros. Sua dimensão
menor pode ser atribuída ao fato de Miquerinos ter morrido antes do
fim da construção, fato que teria obrigado a conclusão da pirâmide às
pressas, com tijolos de barro ao invés dos blocos de pedra. As pirâmides
de Quéops, Quéfren e Miquerinos não eram só as maiores como as mais
luxuosas. Conta-se que um faraó morreu e tempos depois roubaram sua
tumba. O faraó que era filho desse faraó que tivera sua tumba roubada,
não queria que acontecesse o mesmo com ele e então ele mandou que
fizessem uma tumba com mais segurança. E teve início uma tradição que
seria aprimorada por gerações de governantes.
A construção de pirâmides prosseguiu ao longo da 5ª Dinastia, mas com
obras mais modestas por questões econômicas. Em Abu-Sir, foram levanta-
das as pirâmides de Sahurá, Neferirkará e Niuserrá, com altura, respectiva-
mente, de 47, 72 e 52 metros. A do faraó Unas, em Saqqara, ficou com 43
metros de altura. Embora de dimensões modestas, sua importância tornou-se
muito grande para a antropologia e a história, uma vez que as paredes in-
ternas foram cobertas com inscrições em hieróglifos que constituem o mais
antigo exemplo de literatura religiosa.
A forma de construção também se alterou e as pirâmides tornaram-
-se mais artísticas e menos técnicas. Seus engenheiros pareciam mais
preocupados com a beleza externa dos materiais e relevos do que com
as estruturas internas sólidas. As pirâmides dos faraós Userkaf e Sahure,
por exemplo, foram feitas em calcário, ao invés de granito usado an-
teriormente. Na parte interna, não traziam mais uma torre compacta
e resistente. As paredes de alvenaria eram preenchidas com entulho,
escondido por uma face lisa de calcário. Esses métodos apesar de mais
rápidos e econômicos, não se comparavam aos antigos, além do uso de
um material menos resistente. Como resultado, as pirâmides da 5ª Di-
nastia em diante encontram-se em ruínas.
O fim das pirâmides
A 12ª Dinastia dos faraós tornou-se o último período da construção de
pirâmides, por volta do século XVII a.C. sem o esplendor e o poder de
antes. As pirâmides refletiam a decadência egípcia, as construções revela-
ram-se pouco seguras para resguardar os túmulos reais, pois além de atrair
ladrões, a instabilidade política e econômica fez com que esses templos sa-
grados fossem saqueados.
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