Discovery Publicações - Civilizações Antigas (2019-07-14)

(Antfer) #1

Agricultura
Como fonte de subsistência e até de sua economia, os maias praticavam
basicamente a agricultura. Suas plantações incluíam três espécies de milho,
algodão, tomate, cacau e batata. Cultivavam também o feijão, a abóbora, vá-
rios tubérculos, o mamão e o abacate. Nesse processo, desenvolvem avança-
das técnicas de irrigação e realizaram trocas comerciais.
Os maias domesticaram o peru e a abelha, que serviam para enriquecer
sua dieta, à qual somavam também a caça e a pesca. É importante observar
que por serem os recursos naturais escassos, não lhes garantindo o exceden-
te que necessitavam, a tendência foi desenvolverem técnicas agrícolas, como
terraços, por exemplo, para vencer a erosão.
Para obter condições adequadas ao plantio, os maias drenaram seus pânta-
nos. Ao lado desses progressos técnicos, observou-se depois que o cultivo de
milho se prendia ao uso das queimadas. Durante os meses da seca, limpavam
o terreno, deixando apenas as árvores mais frondosas. Em seguida, ateavam
fogo para limpá-lo, deixando o campo em condições de ser semeado.
Com o uso de um bastão, os agricultores maias faziam buracos na terra onde
colocavam as sementes de plantio. Dada a forma com que era realizado o culti-
vo, a produção se mantinha por apenas dois ou três anos consecutivos. Com o
desgaste certo do solo, o agricultor era obrigado a procurar novas terras.
Ainda hoje, o recurso da técnica da queimada das matas para plantio,
apesar de comprovadamente prejudicar o solo, é utilizada em diversas
regiões do continente americano. As Terras Baixas concentraram uma
população densa em áreas pouco férteis.
Por causa da produção pequena para as necessidades da população, foi
necessário não apenas inovar em termos de técnicas agrícolas, como também
importar de outras regiões produtos como o milho, por exemplo. O comér-
cio era dinamizado com produtos como o jade, plumas, tecidos, cerâmicas,
mel, cacau e escravos, através das estradas ou de canoas.
A descoberta de Tical
Foi no século XVII que os espanhóis descobriram a cidade de Tical. Os
desbravadores eram missionários que queriam converter tribos que viviam às
margens do lago Petén-Itzá e passaram aterrorizados por suas ruínas. A partir
desse relato feito pelos religiosos, o coronel Modesto Mendez, em 1848, foi
procurar a cidade, e quando a encontrou ficou maravilhado com a cultura. Im-
pressiona e se mantém como mistério até hoje o tamanho da pirâmide e dos
templos feitos daquele tamanho com objetos construtores equivalentes aos da


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