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O tempo em séries de ciclos
Para os astrônomos e físicos maias, o tempo não era uma medida linear,
com presente, passado e futuro. Era, sim, uma série de ciclos que se repetem,
tal como afirmava Pitágoras, no século V a.C. E concebiam a Terra como um
ser vivo orgânico, antecipando o pensamento dos ecologistas de nosso século.
Assim, os maias se destacaram por criarem um complexo calendário, que
determina com precisão o ano solar (365 dias), um ano bissexto (366) e um
ano sagrado ou venusiano (260 dias). Era superior ao de todos os povos da
Antiguidade.
A concepção dessa ideia foi possível graças aos avançados conhecimen-
tos que possuíam sobre astronomia – eclipses solares e movimentos dos
planetas – e da matemática, que lhes permitiram criar um calendário cí-
clico de notável precisão. Na realidade, são dois calendários sobrepostos:
otzolkin, de 260 dias, e o haab, de 365. O haab era dividido em dezoito
meses de vinte dias, mais cinco dias livres. Para datar os acontecimentos, os
maias utilizavam o que chamavam de “conta curta”, de 256 anos. Ou, então,
a “conta longa”, que principiava no início da era maia. Desse modo, deter-
minaram com exatidão incrível o ano lunar, a trajetória de Vênus e o ano
solar (365 dias, 5 horas, 48 minutos e 45 segundos). Os maias inventaram
um sistema de numeração com base 20 e tinham noção do número zero, ao
qual atribuíram um símbolo. Os maias utilizavam uma escrita hieroglífica
que ainda não foi totalmente decifrada.
O conhecimento e o uso da matemática
Um detalhe importante é que a matemática do calendário maia revela a
matemática Universal da Quarta Dimensão. Os maias souberam interpretar os
ciclos corretos do tempo, da natureza e do cosmos, reconheciam e celebravam
pontos de poder no tempo, e, para isso, observavam o céu e consultavam as
efemérides, o livro dos dias ou das mudanças, como era designado pelos gregos,
onde se registrava o movimento dos planetas. Além de estudar o posiciona-
mento dos astros, eles perceberam mudanças energéticas, que ocorriam em pe-
ríodos específicos durante o ano; mudanças estas que não se limitavam apenas
à alteração da luz e do calor, mas que aconteciam a níveis bem mais sutis.
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