Discovery Publicações - Civilizações Antigas (2019-07-14)

(Antfer) #1

terem sobrevivido, contrariando o desejo dos deuses, Tezcatlipoca os teria
transformado em cães. O nosso mundo, ou nosso Sol, denominado naui-
-ollin (quatro-terremoto) teria sido recriado pela bondade de Quetzalcóatl,
que resgatou do inferno (reino do deus Mictlantecuhtli) os ossos dos mortos
e, regando-os com seu próprio sangue, restaurou-lhes a vida para reinar entre
eles. Porém, Tezcatlipoca expulsou-o para Tlillan Tlapallan, de onde prome-
teu voltar para resgatar seu trono.


Cerimônia de sacrifício humano
Para impedir nosso mundo de ser destruído, coisa que os astecas acre-
ditavam que pudesse acontecer a cada 52 anos, eles faziam uma cerimônia
especial chamada de Fogo Novo: em todas as casas, apagava-se o fogo e se
quebrava toda a louça. Enquanto isso, os sacerdotes escolhiam um prisionei-
ro para ser sacrificado e o conduziam até o topo do monte Uixachtecatl.
Lá, o prisioneiro era sacrificado, tendo seu peito aberto por uma faca de
sílex. Depois, um dos sacerdotes pressionava uma tocha acessa contra o peito
aberto do indivíduo (às vezes ainda vivo) quando o fogo da tocha se apagava,
era considerado aceso o Fogo Novo.
Para festejar, cada família reacendia seu fogo e comprava louças novas,
enquanto que o Tlatoani realizava alguma obra (geralmente a ampliação do
Grande Templo) como forma de expressar sua gratidão aos deuses por mais
52 anos de existência.
Foi possível mapear que, no total, foram realizadas sete cerimônias do
Fogo Novo — precisamente nos anos de 1195, 1247, 1299, 1351, 1403,
1455 e 1507. A primeira delas aconteceu enquanto os astecas ainda estavam
em marcha para o México. A oitava cerimônia, que estava prevista para ser
feita no ano de 1559, não se realizou porque o império asteca já havia sido
completamente conquistado pelos espanhóis.


O conhecimento de anatomia
Os sacrifícios humanos religiosos, que incluíam a extração do coração e o
desmembramento do corpo, favoreciam um bom conhecimento da anato-
mia. Por esse motivo, os astecas sabiam curar fraturas, mordidas de serpentes.
Possivelmente, houve uma categoria profissional semelhante à dos dentistas,
encarregada de cuidar dos dentes.


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