várias técnicas em seu trabalho, como fundir metais do tipo ouro com prata.
Elaboravam todo tipo de figuras, adornos, pulseiras, colares, pendentes. E com
frequência, o metal era combinado com pedras preciosas, como turquesa, jade,
cristal, ou com conchas.
Na área da arquitetura, os astecas construíram pirâmides escalonadas em
Cholula, Xochicalco e Teotihuacán. Os astecas também foram hábeis escul-
tores — realizavam esculturas de todos os tamanhos, diminutas e colossais, e
nelas aplicavam temas religiosos ou da natureza. Captavam a essência do que
queriam representar e logo realizavam suas obras com todo detalhe.
A maior parte do que sabemos sobre a arquitetura asteca remete a relatos
dos conquistadores espanhóis, já que Tenochtitlán foi inteiramente destruída
em 1521, no entanto, sabe-se que a técnica de construção asteca era diferente
da de Teotihuacán, uma vez que, naquela cidade, os templos eram construí-
dos de uma só vez, enquanto que em Tenochtitlán, os astecas iam ampliando
os templos à medida que sua tecnologia permitia.
Assim, a pirâmide de Tenochtitlán havia sido antes apenas um pequeno
templo, que após sucessivas ampliações (cinco no total) tornou-se uma gran-
de pirâmide; cada ampliação ocorria de acordo com uma crença religiosa de
que o mundo acabaria a cada 52 anos. Os palácios astecas eram semelhan-
tes aos de outras culturas mesoamericanas. Ou seja, constituíam-se grandes
estruturas de pedra, divididas em vários cômodos muito grandes dentre os
quais se contavam, além de quartos e salas, zoológicos com animais raros e
inúmeros jardins, com fontes e até lagos.
Obra-prima
Os 20 km2 da cidade de Teotihuacán são considerados a obra-prima
dos astecas, um povo hábil em obras monumentais. No legado dessa ci-
vilização singular, destacam-se as Pirâmides do Sol e da Lua. Desde a sua
construção, no século II a.C., Teotihuacán esteve envolta em uma aura
divina. Situada em um vale cercado de montanhas e sobre uma rede de
cavernas subterrâneas, Teotihuacán, ou “lugar dos Deuses”, era conside-
rada o berço do Sol, da Lua e do próprio tempo. Exemplo máximo da
interação entre ambiente natural e criação humana, a Pirâmide do Sol
foi erguida sobre uma caverna em forma de trevo de quatro folhas, o que
lhe imprimiu caráter sagrado, com seus 222 x 225 metros de largura por
63 de altura. Seus construtores ainda projetaram a obra para que a luz do
Sol incidisse verticalmente em seu centro em determinados dias. Segun-
PARTE IIIt $&LYLOL]DomR$VWHFD
Grupo Unico PDF Passe@diante