Discovery Publicações - Civilizações Antigas (2019-07-14)

(Antfer) #1

O circo e o esporte asteca
Assim como os romanos, os povos astecas também tinham uma espécie de
circo em Tenochtitlán, sua grande metrópole. Era nessa arena que praticavam
omais popular esporte mexicano. Inventado pelos maias, ele foi praticado
por diversos povos, inclusive pelos astecas, que construíram sua arena em ple-
na praça cerimonial de sua capital. Era um esporte chamado tlachtli, e que é
conhecido hoje como “a Bola Maia”.
Consistia num jogo onde dois times se confrontavam num campo em for-
ma de “T”. A forma do campo imitava aquilo que os astecas acreditavam ser
a forma do céu. No campo, os adversários disputavam a posse de uma bola de
borracha maciça (tão dura que chegava a quebrar ossos de alguns jogadores e
a matar caso batesse na cabeça), que não podia ser segurada, apenas tocada de
um para o outro, com a ajuda dos joelhos, cotovelos e quadris. Os jogadores
utilizavam protetores de couro e madeira nessas regiões.
O objetivo do jogo era passar a bola por uma argola de pedra na parede
protegida pelo time adversário. Quando uma “cesta” era feita — à semelhan-
ça do nosso atual basquete —, o jogo acabava e o autor do ponto tinha direito
de ficar com todas as jóias dos espectadores. Estes, por sua vez, sempre fugiam
ou iam assistir à partida com poucos pertences, para não ficarem sem suas
coisas. Com efeito, o tlachtli era uma maneira de se enriquecer em Tenochti-
tlán. O tlachtli inspirou a criação, no século 20, do vôlei e do basquete, por
não ser permitido prender a bola, apenas tocá-la, e pelo objetivo ser fazer
“cestas” (ou pontos).
Além do tlachtli, que era o esporte preferido dos astecas, mas pratica-
do principalmente pela nobreza, havia outros esportes, como o patolli,
que era um jogo de tabuleiro muito praticado pelas camadas popula-
res, no qual o objetivo era colocar três peças em sequência. Em todas
essas disputas, havia largas apostas, sendo que existia em Tenochtitlán
uma verdadeira bolsa de apostas, que enriqueceu muitos, mas condenou
muitos outros à escravidão por dívidas. Apesar de não ser considerado
propriamente um esporte, havia um tipo de sacrifício que atraía plateias
que, além de cultuarem o deus para o qual o sacrifício estava sendo fei-
to, também torcia (para isso, era proibido fazer apostas).
Consistia numa espécie de luta de gladiadores, onde o indivíduo que iria
ser sacrificado tinha o pé amarrado a uma pesada argola de pedra e, armado
com armas de brinquedo, era obrigado a enfrentar quatro guerreiros. Quan-
do morresse, era considerado sacrificado para os deuses.


PARTE IIIt $&LYLOL]DomR$VWHFD

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