Vivendo com Qualidade - Edição 14 (2019-07-14)

(Antfer) #1

OS MEDICAMENTOS NA TERCEIRA IDADE


A grande maioria dos remédios são produzidos baseados em estudos rea-
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tâncias químicas são diferentes daquelas que ocorrem nos jovens e muitas
vezes produzem efeitos indesejáveis. Tanto a absorção e o metabolismo
quanto a distribuição de medicamentos difere quando se compara o orga-
nismo de um jovem com o de um idoso. O idoso então está mais sujeito a
efeitos colaterais dos remédios e frequentemente apresentam novos sin-
tomas decorrentes da medicação o que pode confundir o quadro clínico.
Há uma tendência ao acúmulo das substâncias no organismo. Por outro
lado a existência de determinados distúrbios, como a insuficiência renal
por exemplo, pode acentuar esta tendência.
Muitas vezes a pessoa procura o médico com sintomas aparentemente de-
corrente de uma doença e nada mais é do que um sintoma decorrente de
medicação utilizada de maneira incorreta.
O uso de medicamentos deve ser muito criterioso, devendo se evitar ao
máximo o uso concomitante de várias substâncias e sempre deve ser feito
sob prescrição medica. A dosagem deve ser também muito bem controlada.
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do cerca de 25% dos medicamentos vendidos. Há uma tendência muito
grande para a automedicação nesta faixa de idade e também para o uso
continuado e sem critério. A comum utilização de medicamentos caseiros
(não prescritos por médico), como laxantes, antiácidos, vitaminas, anti-
-gripais, podem levar a consequência indesejáveis quando associados a
outros medicamentos, e isto pode ocorrer sem conhecimento do médi-
co. A utilização rotineira do álcool leva a conflitos com os medicamentos
prescritos.
Distúrbios do estômago e do fígado podem afetar a absorção de medica-
mentos alterando a resposta ao medicamento. A utilização simultânea de
vários medicamentos pode também levar a distúrbios, como o uso conti-
nuado de determinados diuréticos ou de cortisona leva a perda de potás-
sio, aumentando o risco de arritmias do coração em pessoas que também
fazem uso de digitálicos. A deficiência de vitamina C, não rara na terceira
idade, pode facilitar reações adversas aos medicamentos.
Cortisona, vários tranquilizantes e antialérgicos aumentam o apetite. Di-
gitálicos e antiinflamatórios levam a perda do apetite. Vários diuréticos,
alguns tranquilizantes e anticoagulantes tendem a provocar aumento da
glicose no sangue. A aspirina, e os barbitúricos podem diminuir a glicemia.
O idoso tende a ser mais sensível aos efeitos sedativos de tranquilizantes.
Ao receber uma medicação o paciente deve procurar levantar o máximo de
informações possíveis sobre o tipo de medicação, seus efeitos colaterais e
suas possíveis interações com outras substâncias. Deve se evitar tomar me-
dicamentos prescritos para outras pessoas acreditando que seus resultados
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cida. Qualquer sintoma diferente deve ser sempre comunicada ao médico.


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