Cada roteiro, um mundo
“O cérebro eletrônico faz tudo/ Faz quase tudo/ Faz quase tudo/ Mas ele é mudo
O cérebro eletrônico comanda/ Manda e desmanda/Ele é quem manda/
Mas ele não anda/ Só eu posso pensar/ Se Deus existe/ Só eu”Cérebro eletrônico - Gilberto GilDe onde vem o cinema?
Vem do olhar certamente. Vem do sentir, do fazer. Vem do contar, con-
templar histórias. Vem do partilhar vivências e dividir saberes.
Assim, a oficina “Dos filmes que ainda não fizemos” é um registro de
sonhos. Escrever é arte. Transformar ideias em textos literários é arte;
desenvolver roteiro é arte. Exige adequação, forma, técnica e muito labor.
Cada obra aqui publicada tem muito suor e está prestes a ser filmada.
Ousadamente, superamos entraves, provocamos ideias, decantamos
fazeres. Encapsulamos o nosso tempo de agora. Como diz o poeta
Antônio Maria: “em toda verdade há muito de poesia, e só há poesia na
verdade, de todos e de tudo”.
Nestes tempos tão difíceis e cruéis de pandemia, perdas, transfor-
mações e isolamento, a realização deste projeto foi um grande desafio,
mas também um respiro. Composto por duas oficinas - uma de roteiro
e outra de editoração de livros artesanais - e consultorias personaliza-
das com cara de sala de roteiristas, pois ninguém sabe mais do que
ninguém, ainda é resultado do processo este livro, tanto em forma
digital quanto física.