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O Asògún se retira e o Pai Zon canta orin Èṣù:
Araubebê Tiiri Lọ́na
Èṣù Tiiri Araubebê Tiriri Lọ́na
Èṣù Tiiri
Láaróyè
Ogó Ungó Rongó
ÒGÚN EMBALA OS VENTOS DE YÁNSÀN ∙ EXT. ∙ TERREIRO
∙ NOITE
A Èkéjì Ray de Yánsàn retorna para a porta do terreiro para
pegar a vassoura e balde. Desta vez, ela traz consigo uma gamela de
madeira contendo Àgbàdo funfun.
Zé Pilintra está na porta do barracão com um copo de cachaça na
mão esquerda e um cigarro no canto da boca.
Ela afasta o balde e a vassoura para o canto e começa a cantar um
orin para Ògún:
ÈKÉJÌ RAY DE YÁNSÀN:
Ògún dà lé ko
Eni adé ran
Ògún dà lé ko
Eni adé ran...
De maneira contínua, ela joga o Àgbàdo funfun na frente do
terreiro.
ÈKÉJÌ RAY DE YÁNSÀN
Ògún to wa do
Eni adé ran
Ògún to wa do
Eni adé ran
A Èkéjì avista, ao longe, um homem que caminha apressado. É
Mauro, que segue em direção ao terreiro. Ele está suando frio.
Enquanto passa a mão na testa para enxugar o suor, ele olha,
constantemente, para trás com medo de Zé Pilintra.