Veja São Paulo - Edição 2643 (2019-07-17)

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16 Veja São Paulo 17 de julho, 2019

cluir o negócio costuma ser longo. Um exemplo ocor-
re na Rua Brigadeiro Melo. Ali, um sobrado de 430
metros quadrados, em um terreno de quase 700 metros
quadrados, está encalhado há dois anos. Além de ter
rachaduras e infiltrações, o imóvel apresenta sinais de
abandono. “Quando o interessado vê as condições da
casa e descobre o seu preço (3 milhões de reais), de-
siste na hora”, diz o homem responsável por receber
possíveis compradores, que pediu para não ser iden-
tificado. Perto dali, outra casa, de 700 metros quadra-
dos de terreno e quase 500 metros de área construída,
já completou seis anos de espera por um novo dono.
Enquanto isso, o IPTU, de cerca de 40 000 reais por
ano, continua correndo. “Mesmo baixando o valor em
mais de 1 milhão de reais, o proprietário não consegue
vender de jeito nenhum”, afirma a corretora Valentina
Caran. A pedida inicial era de mais de 2,5 milhões de
reais. “O Pacaembu não tem muito valor por causa do
zoneamento restritivo e do tombamento. Sem falar no
transtorno em dias de jogo”, completa Valentina, que
reclama também das restrições da Avenida Pacaembu.
Pela Lei de Zoneamento, a via comporta poucos esta-
belecimentos comerciais, como lojas de colchão. Res-
taurantes, grandes supermercados, casas de eventos e
serviços públicos são vetados.
Outro exemplo de imóvel vazio tem muita história
para contar. Localizado na Rua Angatuba, o Asilo dos

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FOTOS ALEXANDRE BATTIBUGLI


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