Veja São Paulo - Edição 2643 (2019-07-17)

Veja São Paulo 17 de julho, 2019 9

Advogada da família de Jair Bolsonaro, Karina Kufa se separou em abril do
também advogado Amilton Augusto Kufa (ele aderiu ao sobrenome da
esposa após a união, há cinco anos, mas pretende “devolvê-lo” no divór-
cio). A pedido do presidente, em julho, ela se mudou para Brasília. O ex
estaria ameaçando processá-la por alienação parental por ter levado o filho
de 3 anos para o Distrito Federal. Além disso, segundo amigos, Augusto
pede uma verba rescisória porque saiu do escritório da profissional, nos
Jardins, e ofereceu pagar mensalmente 400 reais de pensão alimentícia.
Karina requisitou a separação por sentir o parceiro muito passivo, dizem
conhecidos. Em tempo: feminista militante, ela tem transmitido conceitos
sobre igualdade de gênero ao clã Bolsonaro (e recebido críticas de ativistas
por causa do cliente). Procurados, os envolvidos não se pronunciaram.

A SEPARAÇÃO DA

ADVOGADA DE BOLSONARO

“Cumpri minha pena e não tenho vergonha de recome-
çar”, diz o empresário Elian Gallardo, 43. Ele circulou
pela passarela no sábado (6) como um egresso do cárcere
no desfile da marca Pote, na Casa de Criadores, que teve
a liberdade como tema. Dono de uma agência de modelos
que descobriu beldades como os atores Rodrigo Hilbert e
Renato Góes, ele foi preso em 2015 após divulgar em suas
redes sociais um vídeo de um desafeto sendo torturado.
Permaneceu em uma penitenciária de Guarulhos durante
dois anos e, no início de 2018, reativou sua agência. “Até
meus modelos sofrem preconceito por trabalhar comigo,
mas espero que isso um dia mude”, acredita.

No domingo (7), a jornalista Leda Nagle, 68, gerou polêmica no Twitter

ao falar sobre o trabalho no armazém dos pais aos 10 anos. Entre elogios

e críticas, internautas interpretaram a atitude como uma forma de apoio

ao presidente Jair Bolsonaro, que defendera o trabalho infantil na quinta

4. A seguir, a jornalista fala sobre o assunto.
   O seu tuíte foi uma forma de apoiar o presidente? Não. Como jorna-
   lista, politicamente, sou em cima do muro e vou me manter aqui. Sou
   tachada de comunista e direitista, dependendo da personalidade que
   entrevisto (em seu canal no YouTube, ela já recebeu o vereador Carlos
   Bolsonaro, o autor Olavo de Carvalho, o jurista Ives Gandra, o ator Car-
   los Vereza...). É como diz a letra de Ana Carolina: vou “dando linha”.
   Acha que alguns podem usar discursos como o seu e o do presidente
   para explorar crianças? Só con-
   tei a minha experiência, muito en-
   riquecedora. Aliás, vou narrá-la na
   autobiografia O que Vi e Vivi, sem
   previsão de lançamento. Meu filho
   (o ator Duda Nagle) quis trabalhar
   na adolescência numa pet shop, e
   foi muito bom para sua educação.
   É bem diferente de defender crian-
   ças em serviços pesados.
   Ao abordar essa visão política,
   conquistou alta repercussão na
   web. Levei um susto. Não há um
   debate saudável ali. São muitos
   haters, fui apedrejada. Mas não
   voltarei atrás em uma opinião por
   causa de críticas.

“Fico em cima do muro”

DESFILE DO EX-DETENTO

GUSTAVO ARRAIS

PATRICIA RIBEIRO

REPRODUÇÃO INSTAGRAM

Karina, entre o filho

e o cliente ilustre:

ameaças do ex

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